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Sobre o coronavírus

Domenico de Masi Rua 25 de Março 02

 

 

Domenico de Masi

 

A Itália de onde escrevo, um dos países mais vivazes e alegres do mundo, é hoje apenas um deserto. Cada um dos seus 60 milhões de habitantes acha que é imortal, que o vírus não o tocará, que irá matar não ele mas alguma outra pessoa. Porém, no silêncio do seu coração, cada um sabe que essa ilusão é pueril e que essa pandemia misteriosa, abstrata e tangível ao mesmo tempo, escolhe suas vítimas ao acaso, como numa roleta russa.

 

Em algum tempo vamos saber se o vírus pode ser debelado ou se nos matará em massa, assim como fez no século passado a famosa gripe espanhola, que matou 1 milhão de pessoas por semana durante 25 semanas seguidas.

 

Moro há 50 anos no centro de Roma, na rua mais movimentada da cidade, que leva da praça Veneza à Basílica de São Pedro.

 

Normalmente, essa rua está 24 horas por dia entupida de trânsito, de turistas e peregrinos. Há duas semanas, está muda e deserta. Só de vez em quando ouve-se o grito de uma sirene de ambulância e algum sem-teto passa. A cidade inteira está fantasmagórica como a Los Angeles de “Blade Runner”. Aqui, porém, desapareceram até os replicantes extraterrestres.

 

Fechados os lugares públicos, as escolas, as fábricas, as lojas, as estações, os portos e os aeroportos, a Itália é agora um país separado do resto da Europa e do mundo. Cada cidade está parada, cada família trancafiada em casa. Quem sai à revelia dos pouquíssimos motivos permitidos é interceptado imediatamente pelas rondas policiais que aplicam penas bastante severas.

 

Os gregos antigos consideravam que, quando algo é indispensável e todavia impossível, a situação é trágica. Foram necessários 50 dias, milhares de doentes e mortos para que os italianos entendessem que a situação é, enfim, irremediavelmente trágica.

 

O que significa uma pandemia como essa para Roma, para a Itália, para a humanidade como um todo? Como ela age nas mentes e nos corações de todos nós que, armados com tecnologias poderosas e inteligência artificial, até poucas semanas atrás nos sentíamos os senhores do céu e da terra?

 

Subitamente nos descobrimos frágeis pigmeus diante da onipotência imaterial de um vírus que, por vias misteriosas, escapou de um morcego chinês para vir matar homens e mulheres em nossas cidades.

 

A sujeição a um vírus desconhecido, para o qual não há nem cura nem vacina, transformou a Itália numa enorme caserna blindada e os 60 milhões de italianos noutros tantos dóceis soldadinhos empenhados num gigantesco exercício militar no qual estão obrigados a aprender a verdade que antes ignoravam obstinadamente. O que não quer dizer que irão apreendê-la.

 

Numa Europa onde, até ontem, era permitida a livre circulação de pessoas, mercadorias e dinheiro, agora cada país, em vez de abraçar uma colaboração ainda mais solidária com os demais, tranca suas próprias fronteiras, iludindo-se de forma cínica e infantil que seja possível deter o vírus com barreiras aduaneiras.

 

Contudo, hoje, mais do que nunca, os soberanismos parecem tentativas fantasiosas contra a globalização. Hoje, mais do que nunca, a difusão da pandemia e sua rápida volta ao mundo demonstraram que deter a globalização é como se opor à força de gravidade. Nosso planeta já é aquela “aldeia global” da qual falava McLuhan, unida por infortúnios e pela vontade de viver, precisando de uma direção unitária, capaz de coordenar a ação sinérgica de todos os povos que desejam se salvar. Nessa aldeia global, nenhum homem, nenhum país é uma ilha.

 

Talvez tenhamos aprendido que o caso agora é de vida ou morte e que ninguém pode enfrentar sozinho um vírus tão ardiloso e potente. Por isso, são necessários recursos, inteligências, competências, ações e instituições coletivas. Coordenação e coesão geral. É necessária uma cabine de comando, um governo competente que tenha autoridade, uma equipe formada por um vértice político de grande inteligência e apoiada pelos máximos representantes das ciências médicas, da economia, da sociologia, da psicologia social e da comunicação.

 

Talvez tenhamos aprendido que os fatos e os dados devem prevalecer sobre as opiniões, a competência reconhecida deva prevalecer sobre o simples bom senso, a prudência e a gradualidade das intervenções devem prevalecer às tomadas de decisões arrogantes e à improvisação imprudente. Por outro lado, é necessário tolerar os erros de quem possui a responsabilidade terrível de tomar decisões, líder que deve ser generosamente amparado para que sejam melhoradas.

 

Talvez tenhamos aprendido que, perante um vírus desconhecido, assim como diante de um problema complexo, as decisões sobre a pandemia não apenas devem ser tomadas pelas pessoas competentes mas também ser comunicadas de forma unívoca, com autoridade, prontamente, de forma abrangente e clara. Todo o alarmismo, todo o exagero, toda a subestimação é terrível porque confunde as ideias e nos faz perder um tempo precioso. Carência e excesso de informações são parâmetros nocivos. Talk shows superficiais e fake news delirantes levam ao cinismo e à desumanização.

 

Talvez tenhamos aprendido que, nos países civilizados, o bem-estar é uma conquista irrenunciável. Por sorte e pela sabedoria dos nossos pais, a Constituição italiana de 1948 considera a saúde como um direito fundamental de cada ser humano. Já a reforma sanitária de 1978 instituiu um serviço nacional universal que considera a saúde não como meramente a ausência de doença, mas como o bem-estar físico, psíquico e social completo.

 

Graças a esse regime de saúde, todos os residentes (e também os turistas) fruem dos cuidados médicos sem qualquer custo. Isso nos possibilitou descobrir e curar prontamente os contágios e reduzir o número de mortes.

 

No país mais rico e mais poderoso do mundo, os EUA, onde o bem-estar é estupidamente mortificado, os suspeitos de Covid-19 precisam desembolsar o equivalente a 1.200 euros pelo teste. O vírus corona, ao se difundir, causaria uma verdadeira hecatombe entre 90 milhões de estadunidenses que, desprovidos de seguro-saúde, seriam cinicamente rejeitados pelos hospitais.

 

A propaganda neoliberal, que se alastrou sob a bandeira insana de Reagan e Thatcher, desacreditou tudo o que é público em favor do setor privado. Porém, pelo contrário, nessas semanas trágicas, a reação eficiente dos hospitais e dos funcionários públicos diante do surgimento da pandemia nos ensinou que a nossa saúde pública, da mesma forma que outras funções públicas, dispõe, muito mais do que o setor privado, de pessoas preparadas profissionalmente, motivadas e generosas até o heroísmo.

 

Toda noite, às 18h, todas as janelas da Itália se escancaram e cada um canta ou toca o hino nacional para agradecer aos médicos e a todos os profissionais da saúde.

 

A pandemia está nos ensinando que o pensamento de Keynes permanece precioso. Em 1980, o prêmio Nobel Robert Lucas Jr. observou: “Não é possível encontrar nenhum bom economista com menos de 40 anos que se diga ‘keynesiano’. Nas universidades, as teorias keynesianas não são levadas a sério e provocam sorrisinhos de superioridade”.

 

Hoje, essa crise histórica, com seus mortos e com suas tragédias, se por um lado nos leva à recessão, por outro nos lembra que, para evitar uma crise irreparável, em vez de políticas de austeridade, é preferível dar lugar aos investimentos públicos maciços e “open-ended”, ainda que isso leve ao déficit público.

 

Talvez tenhamos aprendido tudo isso e várias outras coisas com aquilo que ocorreu fora do recinto doméstico, isto é, entre o governo e todo o povo do país. Entretanto, hoje, a nossa vida está segregada entre as paredes domésticas. Todos estão restritos entre as quatro paredes da própria casa: não só as famílias que vivem em harmonia e acordo, mas também os solitários, os casais em crise e os núcleos familiares em que o diálogo entre pais e filhos há muito tempo andava claudicante.

 

A sociedade industrial nos habituara a separar o local de trabalho do local de vida, nos fazendo passar a maior parte do nosso tempo com chefes e colegas nas empresas: os que a sociologia chama de grupos “secundários”, frios, formais, nos quais as relações são quase exclusivamente profissionais. Uma parte mínima do nosso tempo nos via reunidos em família ou com os amigos, ou seja, com grupos “primários”, calorosos, informais, envolventes.

 

De repente, o descanso compulsório em casa nos obrigou de forma inédita ao isolamento total, a uma convivência forçada que para alguns parece agradável e tranquilizadora, mas que para outros é invasiva e até opressora. Os mais sortudos conseguem transformar o ócio depressivo em ócio criativo, conjugando a leitura, o estudo, o lúdico com a parcela de trabalho que é possível desempenhar em regime de “smart working”.

 

Sabíamos teoricamente que essa modalidade de trabalho à distância permite aos trabalhadores uma preciosa economia de tempo, dinheiro, stress e alienação; e às empresas, evita os microconflitos, despesas na manutenção do local de trabalho e promove incremento da eficiência, recuperando de 15 a 20% da produtividade; à coletividade, evita a poluição, o entupimento de trânsito e despesas de manutenção das estradas.

 

Agora que 10 milhões de italianos, forçados pelo vírus, rapidamente adotaram o teletrabalho, minimizando seu sentimento de inutilidade e os danos à economia nacional, nos perguntamos por que as empresas não haviam adotado antes uma forma de organização tão eficaz e enxuta. A resposta está naquilo que os antropólogos definem como “cultural gap” — lacuna cultural — das empresas, dos sindicatos, dos chefes.

 

O tempo livre que, até um mês atrás, nos parecia um luxo raro, hoje abunda. O espaço, que nas cidades vazias se dilatou, por sua vez falta nas casas. Por isso, estamos apreciando a ajuda que nos chega da internet, graças à qual, mesmo permanecendo forçosamente distantes, é possível nos reunirmos virtualmente, nos informarmos, nos confrontarmos, nos encorajarmos.

 

Nessa reclusão, os jovens têm a maior vantagem, graças à sua facilidade com os computadores, enquanto os velhos têm mais vantagem por serem mais independentes, mais acostumados a estar em casa, fazendo pequenos trabalhos e jogos sedentários, contentando-se com a televisão.

 

Em todos se insinua o medo de que, mais cedo ou mais tarde, possa terminar o abastecimento dos mantimentos. O colapso da economia torna-se cada vez mais inevitável, já que tanto a produção como o consumo encontram-se bloqueados.

 

Há alguns anos, Kennet Building, um dos pais da teoria geral dos sistemas, comentando a sociedade opulenta, afirmou: “Quem acredita na possibilidade do crescimento infinito num mundo finito ou é louco ou é economista”. E Serge Latouche acrescentou: “O drama é que agora somos todos mais ou menos economistas. Aonde estamos nos encaminhando? Diretamente contra um muro. Estamos a bordo de um bólido sem piloto, sem marcha a ré e sem freios que irá se chocar contra os limites do planeta”. Latouche propõe abandonar a sociedade de consumo com um decrescimento planificado, progressivo e sereno.

 

A marcha a ré e os freios que a cultura neoliberal se recusou obstinadamente a usar agora foram desencadeados: não graças a uma revolução violenta, mas sim a um vírus invisível que um morcego soprou sobre a sociedade opulenta, obrigando-a a se repensar.

 

“A Peste” (1947), obra-prima profética de Albert Camus, talvez possa nos ajudar nesse repensar. Naquele romance, a ciência era protagonista, ou seja, o médico Bernardo Rieux, ocupado até o fim, como médico e como homem, de socorrer os contagiados, enquanto “o cheiro de morte emburrecia todos os que não matava”.

 

Hoje, nós também, como o nosso tão humano irmão Rieux, estamos presos num limbo entre o pesar e a esperança, no qual temos que aprender que “a peste pode vir e ir embora sem que o coração do homem seja modificado”; que “o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, que pode permanecer adormecido por décadas nos móveis e nas roupas, que espera pacientemente nos quartos, nas adegas, nas malas, nos lenços e nos papéis, que talvez chegue o dia em que, infortúnio ou lição aos homens, a peste acordará seus ratos para mandá-los morrer numa cidade feliz”.

 

Domenico De Masi, sociólogo italiano, é autor dos livros "Ócio Criativo" e "O Futuro do Trabalho".

 

Tradução de Francesca Cricelli. "Domenico De Masi relata drama na Itália e diz que lógica neoliberal tem que mudar".

Velho de programa!

 

*Como tenho algumas horas livres, com insônia pela madrugada, e precisando ganhar uns extras, resolvi ser, também, um "velhinho de programa".

*Idoso charmoso, com lindos olhos meio verdes* (*cobertos com cataratas*);
*loiro* (*só dos lados*);
*Atlético* (*sou torcedor*);
*corpo malhado* (*pelo Vitiligo*);
*e sarado* (*das doenças que já tive*); e
*um metro e noventa* (*sendo mais ou menos um de altura e noventa de largura*).

*Atendo em motéis, residências, elevadores panorâmicos*, etc. Só não atendo em drive-in por causa das dores na coluna.
*Alegro festa de Bodas de Ouro*,convenções e excursões da Terceira Idade. *Meço pressão*, aplico injeções e*troco fraldas geriátricas*, tudo com o maior charme. (ESSA É DEMAIS).

*Atendo no atacado e no varejo*. Traga suas amigas. Maiores de sessenta e cinco, por força de lei, não pagam, mas só terão direito à horário recomendável para a saúde. Serão concedidos descontos para grupos: quanto mais nova, maior o desconto.

Por questões de vaidade, não serão permitidas filmagens, pois, no momento,estou precisando operar uma hérnia inguinal, meio antiestética.

*Na cama, dou sempre três*....
*Três opções sexuais* para a parceira: *mole*, *dobrado *ou *enroladinho*. *Como fetiche*, posso usar *touca de lã*, *pantufas* e *cachecóis coloridos*.


*Outra GRAAAAAAANDE vantagem: já tenho Parkinson o que ajuda muito* nas preliminares.

*TOTAL DISCRIÇÃO, pois o Alzheimer me faz esquecer tudo que fiz na noite anterior.*

 

Melhor idade é a puta que te pariu

por Ruy Castro

Melhor idade é a puta que te pariu – a melhor idade é de 18 aos 40 anos…

A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" – algo entre os 60 anos e a proximidade da morte.

Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.

Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.

Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo(que têm os dedos ligados por uma membrana) da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada!

Estou voltando da farmácia!". E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.

Primeiro, a aposentadoria é pouca, quase uma esmola, e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução.

Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te veja e por caridade pare o veículo e espere pacientemente você subir antes de arrancar com rapidez como costumam fazer.

No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo: – "Sou deficiente".

O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou: – "Que deficiência você tem?"

– "Sou broxa!"

Ele deu uma gargalhada e eu entrei.

Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo…

Eu disse bem baixinho para uma delas:

– "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não", foi só para viajar de graça.

Bem… fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.

Subi na pedra e pensei em cumprir o ritual que costuma ser feito pelos mais jovens no local. Logicamente velho tem mais dificuldade. Querem saber?

Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!"

Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.

Sentar na pedra e olhar a paisagem era tudo o que eu queria naquele momento.

É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.

Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.

Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:

– "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair."

Resmungo entre dentes: … "só se cair em cima da sua mãe"… mas, dou um risinho e digo que esta tudo bem.

Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e nada do por do sol.

Vou pensando – enquanto desço e o sol não – "Volto de metrô é mais rápido…"

Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de consegue saber a idade de todo mundo.

Olha sério para mim, segura a roleta e diz:

– "O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem."

A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.

Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos…

Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega… Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam…

Desisti… lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava… Me senti o máximo.

Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem.

Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou.

É agora…

Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:

– "O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?"

Melhor Idade ??? – Melhor idade é a puta que te pariu !

Ruy Castro é escritor e jornalista, trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda.

O brutalitarismo santo

O costume de realizar cultos em edifícios públicos é ilegal, intolerante, usurpador

      

Roberto Romano, O Estado de S.Paulo, 19 de janeiro de 2020.

 

O Estado moderno exige três monopólios para evitar o morticínio generalizado: o uso exclusivo da força física contra a virulência dos indivíduos e grupos (assassinatos, roubos, sequestros) e defesa coletiva na guerra ou tensão internacional. Só o Estado pode prender corpos e treinar soldados para batalhas. A segunda exclusividade a temos nas formas jurídicas. Só o Estado pode editar leis. O terceiro monopólio reside nos impostos. Apenas o mando estatal tem o direito de os exigir. Nenhum particular tem legitimidade para prender, obrigar a obediência à lei, recolher contributos. Tais monopólios não podem ser aplicados de modo imprudente.

Os limites do poder surgiram nas primeiras cidades. O controle social perde força se ocorre abuso. A natureza humana exige respeito e liberdade. Recordemos que o poder absoluto corrompe absolutamente e, assim, mina a própria base da obediência.

Spinoza, grande autor ético, longe de ser otimista ingênuo afirma que nenhuma sociedade subsiste “sem governo (imperio) e força, sem leis que moderem e controlem o apetite do prazer e das paixões”. Mas a ordem pública erra ao exagerar no uso da força. “A natureza humana não suporta ser constrangida de maneira absoluta. Como diz Sêneca, o Trágico, ‘governos ferozes não persistem muito tempo, o poder moderado permanece, violenta imperia nemo continuit diu; moderata durant’” (Tratado Teológico-Político, capítulo 5). A advertência volta no capítulo 16: “Ninguém conserva um poder violento, (...) pois é quase impossível que a maioria dos indivíduos concorde com um absurdo” desses. O governo deve possuir força para comandar. Logo, é preciso que a sociedade lhe transfira a potência para que ele exerça a soberania à qual todos devem obedecer, livremente ou por medo. Lemos na mesma página: “Democracia é a união dos homens em um todo que possui direito soberano coletivo sobre tudo o que está sob seu poder”. Nenhum setor privado desafie o Estado, mas não opere o governo em nome de agrupamentos sociais, religiosos, econômicos, bélicos. A religião, por exemplo, se unida ao Estado, dele parasita os monopólios essenciais. Ela tenta concorrer com a soberania, enfraquece de modo absurdo o poder público.

A Igreja Católica tentou controlar corpos e mentes, receber impostos, definir normas para todos os cidadãos. No Tratado de Westfalia ela foi banida do horizonte diplomático, embora até hoje conserve influência significativa. O seu alento foi dado por concordatas com diversos governos, contraditórias ideologias e formas jurídicas. Entre os acordos lamentáveis sublinhemos o de império com o governo de Hitler, o Tratado de Latrão e outros que lhe permitiram sobrevida. Desde a doutrina da soberania indireta do papa formulada pelo cardeal Bellarmino, ela reivindica dos governos privilégios legais, financeiros, educativos.

Sua intolerância no Brasil se deu, entre muitas técnicas de pressão, na famosa Liga Eleitoral Católica (LEC). O rebanho lia ao entrar no templo os nomes dos vetados por serem liberais, socialistas, espíritas, protestantes, agnósticos. A LEC desapareceu, mas a Igreja apoiou muitos regimes desde que vantagens fossem por ela auferidas. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abençoou o golpe de 1964 e o AI-5. Só a minoria corajosa de bispos, padres, religiosos e leigos enfrentou o poder de exceção.

Hoje a democracia recebe ameaças nos Estados Unidos, na Europa e na América do Sul, por uma onda clerical de origem protestante. Na era Vargas procissões católicas eram reverenciadas nos palácios por dirigentes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário. O Cristo Redentor é um Coração de Jesus e simboliza a soberania espiritual da Igreja sobre o Estado. Mas mesmo então havia certa distância e decoro no comércio entre os domínios.

A frágil democracia é hoje erodida nos palácios governamentais, legislativos e do Judiciário. O absurdo chega ao patético. O costume de realizar cultos em edifícios públicos é ilegal, intolerante, usurpador e criminoso – atenta contra a República, a igualdade de todos perante a lei. E vem de longa data. Neste espaço já verberei tal atentado na Câmara Municipal paulistana. Recentemente o presidente da República efetivou com pastores e outros um ato religioso no palácio de governo. Gravíssimo desvio da norma constitucional, o feito passou em brancas nuvens. O Ministério Público fingiu nada ver, o que é mais do que absurdo: é ilicitude de sua parte.

E tem mais: em 18 de dezembro de 2019, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o presidente do Supremo Tribunal, Dias Toffoli, autorizou uma reza para finalizar trabalhos do colegiado. O cúmulo foi a leitura aos presentes de mensagem redigida pelo cardeal Tempesta, do Rio de Janeiro. Cito para vergonha da cidadania democrática: “Que o Senhor abençoe essa nossa casa, esse CNJ, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O CNJ não tem o direito de rezar por um ou outro campo religioso. Os seus integrantes louvem seu Deus nos templos ou moradias. A piedade imprudente insulta quem não partilha suas crenças.

O coletivo, no seu todo, ainda é movido pelo Estado, segue as leis do Estado, paga impostos ao Estado. É crime parasitar a soberania em favor de uma fé particular. Nenhuma seita, igreja ou movimento está acima do Estado Democrático de Direito. Os cultos usurpadores, praticados e assistidos com tibieza por autoridades, ameaçam o poder legítimo. Breve o mando estatal estará nas mãos dos “terrivelmente evangélicos” ou católicos. Serão abolidas a cidadania e a República. Em tal via teocrática não mais teremos presidentes da República, legisladores ou juízes, mas apenas sacerdotes que, imitando o Irã, dominam corpos e almas.

Eles governarão irresponsavelmente em seu brutalitarismo porque padres e pastores, como os reis absolutos, se corrompem absolutamente, pois só respondem diante do ser divino, quando morrem.

PROFESSOR DA UNICAMP, É AUTOR DE 'RAZÕES DE ESTADO E OUTROS ESTADOS DA RAZÃO' (PERSPECTIVA)

Elogio a um reacionário

Às vezes, Roger Scruton defendia o indefensável, mas sem traços de insinceridade ou arrogância

 

       Mario Vargas Llosa*, O Estado de S. Paulo, 19 de janeiro de 2020.

 

Sir Roger Scruton, que acaba de morrer liquidado por um câncer que enfrentou com firmeza, nasceu em 1944 e se tornou um conservador, segundo confessou, durante os distúrbios de rua de maio de 1968 em Paris, quando viu garotões ricos – grandes protagonistas daquela caricatura de revolução – apedrejando policiais, erguendo barricadas na região do Quartier Latin e proclamando aos quatro ventos: “Queremos o impossível!”

Foi uma das pessoas mais cultas que conheci. Podia falar de música, literatura, arqueologia, vinho, filosofia, Grécia, Roma, Bíblia e mil assuntos mais como um especialista, embora não fosse especialista em nada, pois, na verdade, era um humanista no estilo clássico que defendia em panfletos – deliciosos de se ler – um mundo absolutamente irreal que provavelmente nunca existiu, salvo em sua imaginação e nos ensaios de alguns poucos sonhadores como ele.

“Você não percebe que essa Inglaterra que defende com tanto talento não existiu nunca, a não ser em sua fantasia?”, disse a ele uma vez. “Que os donos de castelos e cavalos puro-sangue hoje são uns novos milionários e semianalfabetos que só falam de uísque e negócios? Que a caça à raposa, que você promove com ardor épico, está morta e enterrada?”

Ele não me levava a sério e a seus olhos eu parecia um subdesenvolvido, mas me ouvia com resignação. E dissimulava sua impaciência, porque era um homem muito bem educado, sobretudo quando diante dele eu me atrevia a defender as políticas da senhora Thatcher, das quais discordava por lhe parecerem progressistas demais.

Era odiado universalmente pelos intelectuais de sua geração, o que não deixava de engrandecê-lo, pois, apesar de ser um dinamitador cultural que acertava sempre no alvo, não necessitava da adulação burguesa. Com sua juba ruiva, que o tempo foi embranquecendo, e seu modo de vestir descuidadamente aristocrático, estava sempre lendo e escrevendo sobre temas da atualidade. Entre um livro e outro, achava tempo para montar cavalos altivos e matar algumas raposas.

Não tinha paciência para escrever aqueles tratados profundos que levam anos, como seu distante mestre Edmund Burke, grande fustigador da Revolução Francesa, porque vivia e atuava no presente: isso era o que o apaixonava. Sobre as ocorrências cotidianas, opinava sem dar trégua, com imensa sabedoria, e fazia citações prodigiosas e argumentos com frequência tão reacionários que aterrorizavam os poucos conservadores que ainda existem (até mesmo na Inglaterra). Recebeu o título de “sir” da coroa britânica em 2016, o que sem dúvida o envaideceu.

Fui assinante da revista que ele dirigia, The Salisbury Review, durante alguns meses, até parar ao descobrir que só lia os editoriais, sempre esplêndidos, ainda que totalmente incompatíveis com a realidade política e social de nossos dias e, provavelmente, com a de sempre.

Ninguém como Roger Scruton para ilustrar aquela grande distância que, segundo Frederick von Hayek, separa um liberal de um conservador. Mas ele era de uma decência básica, uma indignação perfeitamente justificada contra as grandes imposturas patenteadas pela esquerda demagógica de nosso tempo, uma inteligência que esmiuçava com acidez os modismos ideológicos e a estupidez política. E era, nesse sentido, um intelectual imprescindível, principalmente tendo-se em conta que ninguém ocupará seu lugar.

Não era contra o progresso, absolutamente, com a condição de que não se considerasse progresso o que propunham os marxistas ou o que nós, os liberais, defendemos. Mas ninguém explicou melhor que ele, por exemplo, a importância das óperas, mesmo as mais complexas – digamos as de um Wagner –, ou das obras-primas literárias, ou dos grandes sistemas filosóficos, para se entender o presente, atuar de maneira responsável e dar um sentido à vida.

E certamente nenhum jornalista encontrou maneira mais sutil e pertinente de extrair lições morais e políticas de longo alcance analisando um fato cotidiano, nem de defender a cultura como guia, neste mundo desordenado em que vivemos, para entendê-lo e nos orientarmos nele.

A Inglaterra que ele defendia era um mundo de formas e princípios imutáveis, para o qual a religião e as leis haviam trazido um progresso que não eliminava as classes, nem as igualava, mas assegurava a todas elas justiça e ordem. Uma sociedade na qual o privilégio implicava uma obrigação moral de servir à comunidade e na qual a cultura – as artes, os livros, as ideias, os rituais, as ações militares – eram o espelho da vida, o único trajeto que justificava a ascensão social.

Esse mundo jamais existiu, salvo na fantasia de Scruton. Seu modelo de político foi Enoch Powell, um conservador que sabia os clássicos de cor, mas, aterrorizado com o que acreditava ser uma invasão das ilhas britânicas por terceiro-mundistas, profetizou um banho de sangue se a Grã-Bretanha não pusesse um drástico fim à imigração. Nunca percebeu que, por trás dos elegantes discursos de Powell, bufava o racismo. E que todas as reformas que Thatcher levava a cabo, com enorme coragem, visavam a tornar acessível a todos a verdadeira liberdade.

Era muito difícil não sentir uma enorme simpatia por ele, ainda que, como era meu caso, discordando do essencial de suas ideias conservadoras. Porque havia em seus posicionamentos uma honestidade teimosa, algo muito diferente do comportamento dos políticos da atualidade, que só defendem aquilo em que acreditam por mera conveniência e oportunismo, e universalizaram essa horrenda linguagem política contemporânea, feita de clichês e estereótipos, na qual palavras vazias substituíram ideias e valem para tudo e todos, de modo a justificar os apetites, os grandes e pequenos pecados de funcionários, dirigentes e ditadores de regras.

Ninguém pode duvidar de que Roger Scruton usasse a linguagem de outro modo, para dizer o que verdadeiramente pensava, ainda que fosse algo insólito ou irreverente, a começar por seus adversários. O vocabulário político de nosso tempo está cheio de lugares-comuns e talvez esse abismo, que percebemos entre o que dizem os discursos dos profissionais da política e a realidade da vida política, seja tão grande que a confusão tomou conta do mundo, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento.

Em quem acreditar, se o que ouvimos por toda parte são geralmente mentiras, obviedades ou flagrantes disparates nos quais não crê nem mesmo quem está falando? Neste mundo degradado pela falsidade e pela burrice, Scruton era um contraste formidável. Às vezes, defendia o indefensável, mas sem traços de insinceridade ou arrogância – apenas convicções graníticas e uma elegância risonha na maneira de falar. É nesse sentido que vamos sentir sua falta. A partida de Scruton deixa em volta de nós um pavoroso vazio. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

* É PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA.

© 2019 EDICIONES EL PAÍS, SL. DIREITOS RESERVADOS. PUBLICADO SOB LICENÇA.

[Do gr. sistema, 'reunião', 'grupo', pelo lat. tard. systema.]

  1. m.
  2. Conjunto de elementos, materiais ou ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma relação (5).
  3. Disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcionam como estrutura organizada: 2  2  
  4. Reunião de elementos naturais da mesma espécie, que constituem um conjunto intimamente relacionado: 2  2  
  5. Conjunto de instituições políticas ou sociais, e dos métodos por elas adotados, encarados quer do ponto de vista teórico, quer do de sua aplicação prática:
  6. O conjunto das entidades relacionadas com determinado setor de atividade: 2  2   
  7. Reunião coordenada e lógica de princípios ou idéias relacionadas de modo que abranjam um campo do conhecimento: 2  2  
  8. Conjunto ordenado de meios de ação ou de idéias, tendente a um resultado; plano, método: 2  2  2  
  9. Técnica ou método empregado para um fim precípuo: 2  2  
  10. Modo, maneira, forma, jeito: 2  
  11. Complexo de regras ou normas: 2 2  
  12. Qualquer método ou plano especialmente destinado a marcar, medir ou classificar alguma coisa: 2 2  
  13. Hábito particular; costume, uso: 2
  14. Anat. Conjunto de órgãos compostos dos mesmos tecidos e que desempenham funções similares: 2   [Cf., nesta acepç., aparelho (6).] 
  15. Biol. Coordenação hierarquizada dos seres vivos em um esquema lógico e metódico, segundo o princípio de subordinação dos caracteres. [É um produto da inteligência humana derivado da necessidade de compreender a natureza o mais próximo possível da realidade.] 
  16. Comun. Conjunto particular de instrumentos e convenções adotados com o fim de dar uma informação: 2  2  2  
  17. E. Ling. Conjunto de elementos lingüísticos solidários entre si: 2  2  
  18. E. Ling. A própria língua quando encarada sob o aspecto estrutural. [As duas últimas acepç. vêm sendo adotadas a partir de Ferdinand de Saussure (v. saussuriano).] 
  19. Filos. Totalidade (2).
  20. Fís. Parte limitada do Universo, sujeita à observação imediata ou mediata, e que, em geral, pode caracterizar-se por um conjunto finito de variáveis associadas a grandezas físicas que a identificam univocamente.
  21. Geol. Conjunto de terrenos que corresponde a um período geológico.
  22. Inform. Conjunto de programas destinados a realizar funções específicas. 
  23. Mús. Qualquer série determinada de sons consecutivos.

u Sistema aberto. 

  1. Fís.  O que pode trocar energia e massa com o exterior.
  2. Lóg. Sistema formal que comporta proposições contraditórias e, por isso, está excluído da lógica. 

u Sistema afocal.  Ópt. 

  1. Sistema óptico que forma no infinito a imagem dum objeto no infinito.

u Sistema anglo-norte-americano.  Tip. 

  1. Sistema tipométrico baseado no ponto 0,351mm e usado nos países de língua inglesa. [ V. altura inglesa. ] 

u Sistema aplanético.  Ópt. 

  1. Sistema óptico em que a aberração de esfericidade e a coma1 (5) foram corrigidos.

u Sistema artificial.  Bot. 

  1. Sistema baseado num órgão arbitrariamente escolhido pelo botânico. [Cf. sistema sexual.] 

u Sistema astigmático.  Ópt. 

  1. Sistema óptico em que a imagem de um ponto é um segmento de reta, não sendo a imagem de uma reta, em geral, uma reta, mas sim uma linha curva.

u Sistema autocolimador.  Ópt. 

  1. Sistema óptico que pode ser focalizado (em geral para o infinito) por um dispositivo de autocolimação.

u Sistema binário.  Mat. 

  1. Importante sistema de numeração, utilizado na tecnologia dos computadores, no qual a base é dois, e que só tem dois algarismos: o zero e o um.

u Sistema Braille. 

  1. Sistema de escrita para cegos, universalmente adotado, inventado por Louis Braille (1809-1852), pedagogista francês, que consta de pontos em relevo para leitura com auxílio dos dedos.

u Sistema cardiovascular.  Anat.

  1. Conjunto formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. 

u Sistema cartesiano.  Geom. Anal. 

  1. Sistema de coordenadas, em que estas são cartesianas.

u Sistema c.g.s.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida baseado em três unidades fundamentais: o centímetro, unidade de comprimento; o grama, unidade de massa; e o segundo, unidade de tempo.

u Sistema c.g.s. eletromagnético. Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida em que três unidades fundamentais são as do sistema c. g. s. (centímetro, grama e segundo) e a permeabilidade do vácuo é tomada como a quarta unidade fundamental.

u Sistema c.g.s. eletrostático. Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida em que três unidades fundamentais (centímetro, grama e segundo) são as do sistema c. g. s., e a permissividade do vácuo é a quarta unidade fundamental.

u Sistema cilíndrico.  Geom. Anal. 

  1. Sistema de coordenadas em que estas são cilíndricas.

u Sistema compatível.  Álg. 

  1. Sistema de equações que admite pelo menos uma solução bem determinada.

u Sistema conservativo.  Fís. 

  1. Aquele em que não há dissipação de energia sob forma térmica.

u Sistema construtivo.  Arquit. Constr.

  1. Numa construção, o conjunto de regras práticas para o uso adequado e coordenado de materiais e de mão-de-obra. 

u Sistema copernicano.  Astr. 

  1. Sistema cosmológico heliocêntrico criado por Nicolau Copérnico (v. copernicano), e segundo o qual os planetas giravam em torno do Sol em movimentos circulares.

u Sistema cristalino.  Min. 

  1. Conjunto de eixos cristalográficos cujas posições referentes no espaço e cujos valores dimensionais definem e classificam os cristais em sete categorias: sistema monométrico ou isométrico, tetragonal ou quadrático, hexagonal, trigonal, ortorrômbico, monoclínico e triclínico.

u Sistema cromático.  Mús. 

  1. Sistema baseado na divisão da oitava em 12 partes iguais.

u Sistema cúbico.  Min. 

  1. V. sistema isométrico. 

u Sistema curinga.  Teatr.

  1. Fórmula de encenação posta em prática pelo diretor, dramaturgo e teórico brasileiro Augusto Boal (1931), em que um ator pode desempenhar, numa peça, todos os papéis, e um papel, salvo o de protagonista, pode ser interpretado por todos os atores, a fim de evitar o efeito ilusório do espetáculo, criando o afastamento crítico, bem como para reduzir o elenco, por medida de economia, a um número fixo de atores, tenha a peça qualquer número de personagens. 

u Sistema de arquivos.  Inform. 

  1. Forma de organização dos arquivos de um computador. 
  2. Aplicativo com o objetivo específico de gerenciar arquivos de um banco de dados. 

u Sistema de barracão.  Bras. 

  1. Sistema vigente em certos locais do interior brasileiro, e no qual o fazendeiro paga aos empregados com vales, aceitos apenas no barracão da fazenda, onde se vendem artigos de primeira necessidade a preços mais elevados que o normal.

u Sistema decimal.  Mat. 

  1. Sistema de números em que uma unidade de ordem vale 10 vezes a unidade de ordem imediatamente anterior.

u Sistema de computador.  Inform. 

  1. V. sistema de processamento de dados. 

u Sistema de comunicação.  Comun. 

  1. Sistema de circulação de mensagens entre dois pólos distintos no espaço ou no tempo. Compõe-se basicamente de: fonte, que produz a mensagem original; emissor, que codifica a mensagem em uma seqüência de sinais, transmitindo-os através de um determinado canal; canal, meio utilizado para enviar os sinais; receptor, que exerce operação reversa à do emissor; destinatário, a quem se deseja alcançar com a mensagem.

u Sistema de controle automático.  Automat. 

  1. Qualquer combinação operável de um ou mais controladores automáticos ligados em malha fechada, com um ou mais processos; servossistema.

u Sistema de coordenadas.  Geom. Anal. 

  1. Conjunto de n números que determinam univocamente a posição de um ponto num espaço n-dimensional.

u Sistema de equações.  Mat. 

  1. Conjunto de equações que devem ter pelo menos uma solução que as satisfaça simultaneamente.

u Sistema de informações. 

  1. Inform.  Sistema que manipula informações por meio do uso de banco de dados. 

u Sistema de logaritmos.  Mat. 

  1. O conjunto dos logaritmos dos números numa base.

u Sistema de numeração.  Mat. 

  1. O conjunto de regras para representação dos números.

u Sistema de preços.  Econ.

  1. Conjunto de mecanismos de fixação de preços numa economia de mercado, visto como elemento determinante da alocação de recursos produtivos, e que se opõe ao sistema de planejamento econômico centralizado. 

u Sistema de processamento.  Inform. 

  1. V. sistema de processamento de dados. 

u Sistema de processamento de dados.  Inform. 

  1. Conjunto complexo e organizado de procedimentos e equipamentos, ger. baseados em circuitos eletrônicos, capaz de manipular e transformar dados segundo um plano determinado, produzindo resultados a partir da informação representada por esses dados. [ V. processamento de dados.] 

u Sistema de referência.  Fís. 

  1. Referencial (3).

u Sistema Didot.  Tip. 

  1. Sistema tipométrico baseado no ponto de 0,3759mm. [Estabelecido pelo impressor francês François Ambroise Didot (1730-1804), segundo a medida criada por Fournier. Cf. altura francesa e sistema Fournier.] 

u Sistema dissipativo.  Fís. 

  1. Aquele em que ocorre dissipação de energia sob forma térmica.

u Sistema distribuído. 

  1. Inform.  Aquele em que diversos computadores interconectados, cada qual com capacidade de realizar independentemente certas funções ou tarefas, podem trabalhar coordenadamente em processos que envolvam informações ou recursos remotos, de tal modo que a distribuição das informações e tarefas entre os diversos componentes não se torne aparente ao usuário, o qual se limita a operar a máquina e os recursos locais. 

u Sistema duodecimal.  Mat. 

  1. Sistema de numeração em que a base é doze.

u Sistema especialista.  Inform. 

  1. Sistema de computador relacionado à inteligência artificial, e cuja função é realizar inferências baseadas em regras e dados fornecidos. 

u Sistema executivo.  Inform. 

  1. V. sistema operacional. 

u Sistema extragaláctico.  Astr.  Impr. 

  1. V. galáxia (1).

u Sistema fechado. 

  1. Fís.  Aquele que pode trocar energia com o exterior, mas cujas paredes ou fronteiras não permitem a passagem de substâncias materiais.
  2. Lóg. Sistema formal cujo domínio está definido com exatidão, e que não comporta nenhuma proposição que não se possa demonstrar como falsa, ou como verdadeira. 

u Sistema filogenético.  Bot. 

  1. Sistema de classificação dos vegetais baseado na teoria da evolução. [É o único que se usa hoje em dia, e que classifica, também, as plantas fósseis.] 

u Sistema formal.  Lóg.

  1. Expressão simbólica de uma teoria que se estrutura conforme axiomas e regras operatórias bem determinadas. 

u Sistema Fournier.  Tip. 

  1. Sistema tipométrico (hoje usado somente na Bélgica) baseado no ponto original de 0,3487mm. [É criação do tipógrafo francês Pierre Simon Fournier (1712-1768.)] 

u Sistema gaussiano.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medidas elétricas e magnéticas em que todas as quantidades elétricas são medidas no sistema c.g.s. eletrostático e as magnéticas no sistema c.g.s. eletromagnético.

u Sistema geocêntrico.  Astr. 

  1. Sistema cosmológico que admitia ser a Terra o centro do Universo, em torno da qual giravam todos os astros. [Cf. sistema ptolomaico.] 

u Sistema Giorgi.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medidas que coincide, praticamente, com o sistema métrico, e no qual as unidades fundamentais são o metro, o quilograma e o segundo, e a permeabilidade do vácuo é igual a 10-7.

u Sistema heliocêntrico.  Astr. 

  1. Sistema cosmológico que admite ser o Sol o centro do Universo, girando em torno dele os astros do sistema solar. [Cf. sistema copernicano e sistema kepleriano.] 

u Sistema heterogêneo.  Fís.-Quím. 

  1. O que é constituído por mais de uma fase e, portanto, tem propriedades que podem diferir de um ponto para outro.

u Sistema hexagonal.  Min. 

  1. O sistema cristalino caracterizado por um eixo de simetria senário.

u Sistema homogêneo.  Fís.-Quím. 

  1. O que é constituído por uma só fase, i. e., aquele que em qualquer ponto tem as mesmas propriedades.

u Sistema indeterminado.  Álg. 

  1. Sistema de equações que admite uma infinidade de soluções.

u Sistema internacional de unidades. 

  1. Sistema de unidades de medida baseado em seis unidades fundamentais: o metro, unidade de comprimento; o quilograma, unidade de massa; o segundo, unidade de tempo; o ampère, unidade de corrente elétrica; o kelvin, unidade de temperatura termodinâmica; e a candela, unidade de intensidade luminosa.

u Sistema isolado.  Fís. 

  1. O que não pode trocar nem energia nem massa com o exterior.

u Sistema isométrico.  Min. 

  1. Sistema cristalino que se caracteriza essencialmente por três eixos cristalográficos iguais e retangulares, tendo os cristais desse sistema quatro eixos de simetria ternários; sistema monométrico, sistema cúbico.

u Sistema kepleriano.  Astr. 

  1. Sistema cosmológico heliocêntrico, criado pelo astrônomo alemão Johann Kepler (1571-1630), e segundo o qual os planetas giram em torno do Sol seguindo órbitas elípticas.

u Sistema límbico.  Anat. Fisiol.

  1. Região cerebral formada pela circunvolução do corpo caloso e pela do hipocampo (3), e que atua sobre o funcionamento de vísceras, regulação metabólica e vida emocional. 

u Sistema linear.  Mat. 

  1. O constituído por equações lineares.

u Sistema métrico decimal. 

  1. Sistema de unidades de medida baseado no metro, e que usa múltiplos e submúltiplos decimais.

u Sistema MKS.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida baseado em três unidades fundamentais: o metro, unidade de comprimento; o quilograma, unidade de massa; e o segundo, unidade de tempo.

u Sistema monitor.  Inform. 

  1. V. sistema operacional. 

u Sistema monoclínico.  Min. 

  1. Sistema cristalino que se caracteriza essencialmente por três eixos cristalográficos desiguais, dois deles perpendiculares entre si, e o terceiro perpendicular ao eixo horizontal, porém oblíquo em relação ao vertical.

u Sistema monométrico.  Min. 

  1. V. sistema isométrico. 

u Sistema mononuclear fagocitário.  Histol.

  1. Sistema reticuloendotelial. 

u Sistema MTS.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida baseado em três unidades fundamentais: o metro, unidade de comprimento; a tonelada, unidade de massa; e o segundo, unidade de tempo.

u Sistema não-linear.  Mat. 

  1. O que envolve pelo menos uma equação não linear.

u Sistema não-saturado.  Lóg.

  1. Sistema formal que comporta proposições que não se podem demonstrar nem como verdadeiras nem como falsas. 

u Sistema natural.  Bot. 

  1. Sistema de classificação no qual os caracteres empregados levam em conta as afinidades naturais das plantas, merecendo consideração, assim, todos os órgãos, conquanto se dê preferência à morfologia floral.

u Sistema nervoso autônomo.  Anat. 

  1. Porção do sistema nervoso, tanto aferente quanto eferente, que inerva musculatura cardíaca e lisa, e controla secreções glandulares diversas. Não se encontra sob o controle da vontade, e divide-se em dois grandes setores: o simpático e o parassimpático. [Sin.: sistema nervoso vegetativo e sistema nervoso da vida vegetativa.] 

u Sistema nervoso central.  Anat. 

  1. Porção do sistema nervoso composta de encéfalo, medula espinhal e meninges que os recobrem.

u Sistema nervoso da vida vegetativa.  Anat. 

  1. V. sistema nervoso autônomo. 

u Sistema nervoso periférico.  Anat.

  1. O conjunto formado por todos os integrantes do sistema nervoso que se encontram fora do crânio e da coluna vertebral. 

u Sistema nervoso vegetativo.  Anat. 

  1. V. sistema nervoso autônomo. 

u Sistema octal.  Mat. 

  1. Sistema de numeração em que a base é oito, adotado na tecnologia de computadores.

u Sistema on-line.  Inform. 

  1. Sistema de caráter interativo, com a capacidade de aceitar dados diretamente no computador a partir do lugar onde são criados e enviar os resultados do processamento diretamente para a área onde são necessários, efetuando o transporte de dados através de canais ou linhas de comunicação; são evitados estágios intermediários, tais como gravações de dados em fita, ou disco magnético, ou impressão fora de linha.

u Sistema oolítico.  Geol.

  1. Camada espessa de sedimentos calcários da Europa, do jurássico inferior, caracterizada pela presença de grânulos semelhantes a pequenos ovos.[Tb. se diz apenas oolítico.] 

u Sistema operacional.  Inform. 

  1. Conjunto de programas básicos que permite ao usuário gerenciar o uso dos recursos de um computador.[Abrev.: SO.] 

u Sistema ortorrômbico.  Min. 

  1. Sistema cristalino que pode referir-se a três eixos cristalográficos desiguais dispostos em ângulo reto, e caracterizado, no essencial, por um eixo de simetria dupla, que é a interseção de dois planos de simetria, ou, então, perpendicular a dois eixos de simetria.

u Sistema planetário.  Astr.

  1. O conjunto dos planetas que giram em redor do Sol. [Cf. sistema solar.] 

u Sistema polar.  Geom. Anal. 

  1. Sistema de coordenadas em que estas são polares.

u Sistema presidencial. 

  1. V. presidencialismo. 

u Sistema ptolomaico.  Astr. 

  1. Sistema cosmológico geocêntrico, criado pelo astrônomo grego Cláudio Ptolomeu, no séc. II d.C., e segundo o qual todos os astros giravam em torno da Terra em movimentos circulares ou combinação de movimentos circulares. [Cf. sistema geocêntrico.] 

u Sistema quadrático.  Min. 

  1. Sistema cristalino que pode referir-se a três eixos retangulares, dois deles iguais, e caracterizado por um eixo de simetria quádrupla; sistema tetragonal.

u Sistema quimiorreceptor.  Fisiol.

  1. Conjunto de formações [ v. formação (5) ]  sujeito à influência de alterações na tensão sanguínea de oxigênio e de dióxido de carbono, e que desempenha papel importante na regulação funcional respiratória. 

u Sistema racionalizado.  Fís. 

  1. Sistema de unidades de medida elétricas e magnéticas, derivado do sistema métrico ou do c.g.s., e no qual as unidades destes aparecem multiplicadas por potências apropriadas de 4p com o objetivo de tornar mais simples ou mais simétricas algumas expressões teóricas.

u Sistema reticuloendotelial.  Histol. 

  1. O constituído por células que, situadas em diferentes locais do organismo, têm características reticulares e endoteliais e dispõem de capacidade fagocitária, intervêm na formação de células sanguíneas, no metabolismo do ferro, desempenham funções de defesa contra infecções, etc.; sistema mononuclear fagocitário. 

u Sistemas analógicos.  Fís. 

  1. Sistemas de natureza diferente cujo comportamento se descreve por equações idênticas.

u Sistema saturado.  Lóg.

  1. Sistema formal cujo domínio comporta proposições que não se podem demonstrar, nem como verdadeiras nem como falsas, mas cujas respectivas negativas se podem demonstrar como falsas, ou como verdadeiras.

u Sistema sexagesimal.  Mat. 

  1. Sistema de numeração em que a base é sessenta.

u Sistema sexual.  Bot. 

  1. Sistema artificial, criado por Lineu (v. lineano), em que as plantas são classificadas segundo os caracteres tomados aos órgãos reprodutivos. [Cf. sistema artificial.] 

u Sistema solar.  Astr. 

  1. Conjunto de planetas [ v. planeta (1)] , asteróides, satélites, cometas, meteoritos e poeira cósmica que gravitam em redor do Sol. [Cf. sistema planetário.] 

u Sistema Taylor. 

  1. Taylorismo.

u Sistema telescópico.  Ópt. 

  1. Sistema afocal imerso em ar.

u Sistema temperado.  Mús. 

  1. Sistema que consiste em dividir a oitava em 12 semitons exatamente iguais, e que é usado na afinação de certos instrumentos de sons fixos (piano, órgão, etc.), de modo que uma tecla pode servir para produzir mais de uma nota, de nomes diferentes, mas de som igual, como, p. ex., dó, si sustenido e ré dobrado bemol, o que era impossível no temperamento desigual (q. v.). [Sin.: temperamento igual.] 

u Sistema tetragonal.  Min. 

  1. Sistema quadrático. 

u Sistema triclínico.  Min. 

  1. Sistema cristalino que pode referir-se a três eixos desiguais oblíquos.

u Sistema trigonal.  Min. 

  1. Sistema cristalino caracterizado por um único eixo de simetria ternária e três eixos cristalográficos iguais, dispostos simetricamente em torno do eixo ternário, e fazendo com este um ângulo diferente de 90 graus.

u Por sistema. 

  1. Por idéia ou juízo preconcebido.

 

Fonte: Dicionário Aurélio.

 

e,

 

SISTEMAS: s.m. 1.conjunto de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizado. 1.1. conjunto concebido pelo espírito (como hipóteses, crenças, etc.) de objetos de reflexão, ou convicção, unidos por um fundamento; doutrina, ideologia, teoria, tese, 1.2. conjunto de idéias logicamente solidárias, consideradas nas suas relações 1..3. conjunto de regras ou leis que fundamentam determinada ciência, fornecendo explicação para uma grande quantidade de fatos; teoria 1.4distribuição de um conjunto de objetos numa ordem que torna mais fácil sua observação e estudo 1.4.1 p.met. a classificação que daí resulta 2. Estrutura que se organiza com  base em conjuntos de unidades inter-relacionáveis por dois eixos básicos: o eixo das que podem ser agrupadas e classificadas pelas características semelhantes que possuem, e o eixo das que se distribuem em dependência hierárquica ou arranjo funcional 2.1. p.ext. qualquer conjunto natural constituído de partes e elementos interdependentes [s. planetário (s. animal, vegetal, mineral etc.) (s. auditivo) (s. nervoso) 2.2. p.ext. arrolamento de unidades e combinação de meios e processos que visem à produção de certos resultados (s. eleitoral) (s. curricular) (s. educacional) (s. financeiro) 2.2.1 p.ext. inter-relação das partes, elementos ou unidades que fazem funcionar uma estrutura organizada (s. computacional) (s. de irrigação) (s. de sinais de trânsito) (s. viário) 2.2.1.1 p. ext. infrm p. ej. Qualquer estrutura que devesse funcionar com este inter-relacionamento ótimo entre as partes (a fila do banco estava enorme, o s. estava fora do ar) 2.3 p. ext.. constituição política, econômica ou social (de uma comunidade, de um Estado, etc.) [s. brasileiro] [s. americano de regulação capital] [s. socialista.]. (pag. 2.585).

 

Fonte: Dicionário Houaiss.

 

 

 

Subsunção.

 

"é o fenômeno de um fato configurar rigorosamente a previsão hipotética da lei. Diz-se que um fato se subsume à hipótese legal quando corresponde complete e rigorosamente à descrição que dele faz a lei. (ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, Malheiros Editores, São Paulo-SP, 5ª edição, 2ª tiragem, p. 63).

Princípio.

 

“É tudo que, de alguma forma, influencia a existência de um ser. Ora, o princípio é necessariamente distinto do ser principado. Por isso pode ser seu princípio, sua causa.” (ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, Malheiros Editores, São Paulo-SP, 5ª edição, 2ª tiragem, p. 70).

Para Celso Antonio Bandeira de Mello:

“Princípio, é por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhe o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. É o reconhecimento dos princípios que preside a intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário que há por nome sistema jurídico positivo” (Curso de Direito Administrativo, 13ª edição, Malheiros Editores, São Paulo-SP, p. 771/772). 

Objeto.

 

“O objeto é o contraposto delineado pelo conceito. É o aspecto do real já trabalhado pelo pensamento. Precisamente porque o objeto é a matéria-prima elabordada por uma forma conceptual, a realção entre conceito e objeto pe uma correlação.” (Lourival Vilanova, Sobre o Conceito do Direito, pág. 13). (ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, Malheiros Editores, São Paulo-SP, 5ª edição, 2ª tiragem, p. 55).

Norma.

 

“É preciso não confundir regra jurídica com lei; a regra jurídica é uma resultante da totalidade do sistema jurídico formado pelas leis”. (Augusto Becker, op. cit. p. 270), (ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, Malheiros Editores, São Paulo-SP, 5ª edição, 2ª tiragem, p. 69).

“Lei não é norma. Esta contém-se naquela. A norma revela-se nos enunciados legais (CALMON, Sacha, Teoria geral do tributo e da exoneração tributária, Ed. R.T., 1982, p. 211) (ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, Malheiros Editores, São Paulo-SP, 5ª edição, 2ª tiragem, p. 69).  

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