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Mais um dia alegre para mim, mas incompleto!

 

Mais um dia alegre para mim, mas incompleto!

Amigos de jornada pela e na vida,

Esse carinha tocando guitarra é meu filho Osório di Maraã Barbosa!

 

Quando dessa sua apresentação (https://www.youtube.com/watch?v=LgFe-n4Tyic&feature=youtu.be) ele tinha apenas 2 anos e oito meses! Ele nasceu em fevereiro de 2006.

Ele, como todos os outros meus filhos (Juarez, Maria Rosa e Antonia Angela) só têm me dado alegria pela vida! São eles, hoje, embora não tenha a mínima vontade de morrer, que me dão força para continuar vivendo!

Vivendo mas não apenas a vida, mas vivendo um sonho por um mundo melhor!

Di Maraã, como o chamo, hoje, aos 10 anos, me deu uma alegria especial: foi, pela primeira vez, em uma fruticultura (taberna/mercadinho) comprar um tomate e um pimentão para eu preparar um feijão com jabá (vejam a foto)!

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Foi comprar algo banal aos 10 anos, ao mesmo tempo que me enche de felicidades me faz ficar muito triste!

Fiquei alegre por mim e por ele, mas quando penso que só aos 10 ele foi a uma compra isso me enche de tristeza pelos filhos de muitos que, desde a mais tenra infância já fazem isso!

Crianças com dois ou três anos, como é o caso dele solando sua guitarra, já vão às compras!

Muitos, aliás, ficam em suas casas/quartos/pardieiros verdadeiras pocilgas trancados enquanto seus pais (regra geral a mãe) vão em busca de comida, roupa e o mais básico que um ser humano precisa.

Enquanto Di Maraã se pode dar ao luxo de ir a taberna aos 10, enquanto outros nunca irão, pois têm quem faça isso por e para eles, outros vivem o cotidiano de fome e outras privações!

Tem que ser assim? Por que é assim? Não pode ser diferente? O que falta para termos todos, enquanto seres humanos, uma vida digna com um mínimo, mas que esse mínimo não imponha tanto sofrimento?

A riqueza existente no mundo é suficiente para que todos tenham um pão para se alimentar, mas, infelizmente, muitos não querem um pão, mas uma padaria! E para isso, matam e escravizam e roubam dos mais fracos!

Essa tem sido a história do capitalismo!

Lula, num belo discurso, prometeu que, lá pela terceira geração, quando as crianças atuais fossem avós, seus netos não precisariam passar pelo sofrimento que eles passaram! Caiu pelo caminho.

Meu sonho, nesse propósito, contudo, permanece firme como o aço e jamais, jamais aceitarei que meus filhos tenham tudo enquanto os seus não tenham nada.

Obrigado para quem leu esse desabafo, mas esta é a minha forma de ver e querer o mundo e, espero, jamais fraquejar para mudar meu modo de ser.

 

Até mais,