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A lava-jato é parte do esquema!

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A lava-jato é parte do esquema!

 

Dia desses li alguém dizendo que quem ataca a tal lava-jato quer a volta dos corruptos e a impunidade para seus crimes!



Eu, particularmente, em um primeiro momento, apoiei a tal força tarefa, como todo cidadão deve apoiar as iniciativas de combate aos crimes.



Depois, fui vendo que a tal força tarefa, para combater crimes, cometia outros crimes.

 

Lembro do juiz interrompendo um depoimento para dizer ao depoente que ele não podia citar nomes de algumas pessoas!

 

Comecei a desconfiar e a criticar as ilegalidades cometidas.

 

 

No MPF quase se tornou crime criticar o juiz moro, o alvo maior das minhas críticas, pois o Ministério Público, na dúvida, deve agir, cabe ao juiz controlar as ilegalidades cometidas pelo membro do MP, jamais compactuar com elas ou estimulá-las.



Há cerca de mais de 20 anos aprendi esta lição:



“A Justiça não pode ser autora, tem ela o dever de ser imparcial, sob pena de termos o que disse Radbruch:

‘Quem tem um acusador por juiz necessita de Deus por advogado’”,

(citado no artigo “Ministério Público” – de Edinaldo de Holanda Borges – no encarte Direito & Justiça do Jornal Correio Brasiliense de 30.06.97).



Ocorre que, no caso, eu tinha “certeza e convicção”, mas não tinha provas e, sem provas... só os canalhas condenam!



É claro que quando digo que a dúvida permite ao MP atuar, essa dúvida tem um limite!



Embora ainda não tenhamos nos dado conta, nós, do Ministério Público, também somos magistrados e, portanto, devemos agir como tal, daí as nossas garantias constitucionais.



Assim, quando o membro do MP, depois de colhidas todas as provas, continua com dúvidas, se ele atuar como a sociedade dele espera e a Constituição impõe, também deve requerer a absolvição do réu!



Eu, a título de exemplo, já ajuizei habeas corpus em favor de uma pessoa que eu tinha denunciado com base em decisão do TCU e, depois, o denunciado me procurou e mostrou que o TCU tinha voltado atrás!



Não tive a menor dúvida de me insurgir contra meu próprio agir, pois ele estava errado!



Pois bem, Glenn Greenwald expôs as entranhas da lava jato, como já o fizera no caso Snowden, que o consagrou mundialmente. Daí, por certo, a confiança do hacker nele e não em nenhum veículo da mídia nacional, sempre comparsa dos crimes contra o povo.



O material vazado, publicado, me parece autêntico, até prova em contrário, especialmente por três fatos que reputo relevantes:



Primeiro: o Telegram diz que seu sistema não foi raqueado!



Segundo: o único telefone raqueado é de um único procurador da República (pelo que foi publicado até agora). O juiz, hoje ministro, parece que não teve seu telefone raqueado. Ele aparece na história por conta do telefone de seu interlocutor.



É como naquele caso em que se grampeia o marido, que não tem foro privilegiado, para saber o que a mulher dele, que o tem, diz a ele!



Terceiro: o hacker, aparentemente, é pessoa de dentro do MPF. Pessoa que tinha acesso às trapalhadas, dito tratativas, consertos e concertos entre os procuradores e o juiz.



Essa imagem me é dada pelo que foi publicado até agora, repito.



Mas, vejamos o seguinte sobre a volta dos corruptos:



I – os laços familiares entre os “Integrantes da Lava Jato ‘pois’ vivem na ‘mesma bolha’”, segundo diz o sociólogo Ricardo Oliveira em: https://apublica.org/2018/05/integrantes-da-lava-jato-vivem-na-mesma-bolha-diz-pesquisador-da-ufpr/



II – o jornalista Bob Fernandes parece que tinha as mesmas dúvidas que eu, pois diz: “Caíram as máscaras”!, em: https://www.youtube.com/watch?v=KSPU88x9SUs&feature=share



A bolha e o que diz o jornalista parecem uma junção de porca e parafuso!



III – algo bem grave é dito pelo site https://apublica.org/2018/05/de-cada-lado-do-balcao-um-castor-de-mattos/, pois escritório de irmão de procurador da República que atuava na lava-jato advogava para envolvidos na operação na condição de acusados!



Mas aí temos ainda a bolha, de que fala o sociólogo, já que um primo do procurador e do advogado atuou no caso! É o que está dito em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/tudo-em-familia-procurador-que-poderia-rever-a-lava-jato-e-primo-de-um-dos-acusadores-de-lula-por-joaquim-de-carvalho/.



Disse tudo isso para coroar o bolo com a cereja vinda do “imparcialíssimo” juiz ora ministro moro:



não melindrar alguém cujo apoio é importante”!



Referia-se ele ao ex-presidente FHC, aquele que comprou a sua reeleição e cometeu tantas outras ações suspeitíssimas e nunca foi incomodado com investigações!



Por tudo isso, ao contrário do que tentar querer fazer crer o ex-juiz, não há dilema algum a ser resolvido para quem entende um mínimo de Direito e atua de acordo com o que ele determina!



Constatado que o magistrado cometeu crimes para condenar, a condenação deve ser anulada, sem qualquer problema de consciência.



Paro por aqui para que @s senhor@s reflitam sobre esta pergunta:



“A lava-jato é ou não é parte do esquema que rouba o Brasil faz 500 anos e que fez de tudo, especialmente cometeu crimes, para voltar ao poder?”



Inté,



Osório Barbosa



Fontes das imagens:

 

www.facebook.com/ElissonApRodrigues/

 

e

 

https://pt.dreamstime.com

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