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O homem suporta tudo, menos a ameaça e a perda de sua liberdade.

O desconhecimento ou a não-valorização dessa verdade pôs a perder a experiência socialista inaugurada em 1917.

Depois que os gregos inventaram a democracia (em grego: demos = povo + kratos = poder), a luta do homem contra seu algoz tem sido a insistência pela implantação desse regime de governo.

Devemos saber que a democracia grega se caracterizava e aplicava da seguinte forma: reuniam-se os cidadãos (nem todo povo era cidadão, mulheres e escravos estavam excluídos desse conceito) em praça pública (chamada ágora) e decidiam o que tinham que decidir. Tomada a decisão, era escolhido, por sorteio, qualquer um daqueles cidadãos para executá-la.

Sócrates, segundo Stone, em O Julgamento de Sócrates, abominava e debochava da democracia (essa a maior razão de sua morte), por entender que apenas os melhores deviam governar.

Entre críticas e louvores, o presidente da República vem singrando o mar revolto que é governar um país-continente, destroçado por 503 anos de ataques conduzidos por piratas nacionais e estrangeiros, sós ou em conjunto. Dentre as críticas mais recentes está aquela que o condena pelo que foi entendido como um ataque ao Poder Judiciário, quando Sua Excelência disse ser necessário abrir a caixa-preta desta instituição. Ambas as partes têm razão!

Poucos dias após as declarações presidenciais, a fim de municiar mais ainda o primeiro magistrado do país e outros que questionam o seu modo "autista" de atuar, no dizer de um hoje seu integrante, o Poder Judiciário deu outra inestimável contribuição para reforçar os seus argumentos. Referimo-nos à decisão da Justiça mineira, confirmada por tribunal superior em Brasília, que desconsiderou um exame de DNA em questão envolvendo paternidade!

Gostaríamos de iniciar este escrito citando dois exemplos relacionados ao tema a ser desenvolvido:

1) "Bush telefonou para González nesta terça, disse Perino. Eles conversaram longamente sobre a turbulência política desencadeada pela recente demissão de oito procuradores federais". (Fonte: http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2007/mar/20/142.htm, acessado em 16.05.07).

A liberdade de expressão, tida como direito fundamental da pessoa humana, recebeu regramento constitucional na Carta Política de 1988, estando estampado em seu art. 220: a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

Pode-se afirmar que a liberdade de expressão é corolário da liberdade de pensamento, direito, por óbvio, também fundamental, e consagrado no inciso IV, do art. 5º, da mesma Constituição Federal, com a seguinte dicção: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

Nos últimos dias tem-se assistido serem assacadas contra os Procuradores da República, as mais diversas invectivas partidas de onde menos se esperava: de membros do Poder Judiciário.

O Juiz Tourinho Neto, Presidente do TRF/1ª Região, em artigo publicado na Folha de São Paulo do dia 16.01.2001, disse o seguinte: "Há Procuradores da República que se acham heróis da decência, arautos da moralidade, julgam-se acima do bem e do mal..." chegando ao cúmulo de arrematar com a afirmação de que: "esquecem – ou se fazem de esquecidos – que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória’ ".

O Desembargador Federal, sic Juiz Ivan Athié do TRF/2ª Região, em uma de suas decisões, referindo-se aos Procuradores da República asseverou: "Acima do bem e do mal, ninguém está, embora alguns se considerem, lamentavelmente, segundo a inicial".

Por necessidade de serviço (estou escrevendo um romance sobre a história do Direito, onde, para melhor contá-la, senti necessidade de que o personagem viajasse no tempo), como já tinha ouvido falar e lido de relance sobre tal possibilidade, resolvi pesquisar na Internet sobre o assunto, mas especificamente sobre a Teoria da Relatividade.

Para minha surpresa, deparei-me com a entrevista de César Lattes, intitulada: "Albert Einstein é uma farsa".

Mas quem é César Lattes?

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