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Qual a pior Seleção Brasileira de Futebol de todos os tempos?

 

Qual a pior Seleção Brasileira de Futebol de todos os tempos?

 

 

“Nunca antes na história desse país” uma resposta foi tão fácil, podendo até ser respondida contra outras duas perguntas que são: que seleção de futebol perdeu por:

1) 7x1, o maior placar de toda a copa?

2) 3x0 para a Holanda?

Se você respondeu qualquer outra seleção participante que não tenha sido a Brasileira, quase acertou, mas se respondeu que foi a Seleção Canarinho, acertou na mosca!

Aliás, dizem que o canário anda envergonhado do mau uso de sua cor!

Placares tão dilatados não deixam margem a qualquer tentativa de justificar que a pior seleção a apresentar-se no mundial de 2014 não foi a do Brasil.

A certeza aumenta quando se olha para o passado de nossa seleção. Ganhou cinco copas e encantou em todas as demais! Simples assim!

O futebol sempre foi, é e poderá deixar de vir a ser um fator de união nacional!

Entendo que o futebol é o único mínimo e máximo denominador comum da população brasileira. É um, talvez o único, fator de conciliação, harmonização e sociabilidade dos brasileiros.

É pelo futebol que o preto fala com o branquelo e se abraçam e se beijam e se confraternizam, e vice e verso!

É pelo futebol que homens e mulheres falam a mesma língua, sem que as chatas das feministas fiquem a dizer que tudo é machismo.

É pelo futebol que pobre discute com rico no mesmo nível, na mesma altivez, sem que patrão seja senhor do seu empregado.

No futebol, principalmente, aluno ensina professor!

É no e pelo futebol que em Manaus existia a torcida organizada do Rio Negro denominada "Galo Gay", já que o galo é o símbolo do time, e no estádio todos se confraternizavam, sem que houvesse a praga de tudo dizer que tudo é homofobia. Pelo que sei, nunca se bateu ou se matou um integrante da "Galo Gay" nos estádios amazonenses!

Por tudo isso, entendo que o Futebol é um patrimônio nacional a ser preservado!

E se é um patrimônio nacional, não pertence apenas aos cartolas, pertence também ao governo, que tem obrigação para com ele, e a todos os brasileiros.

Com as nossas derrotas fragorosas frente aos “panzers” e à “laranja mecânica”, estão dizendo, que não se deve "aproveitar do futebol para fazer política"!

E diz isso, exatamente quem, nas magras vitórias contra seleções esquálidas de futebol, estava usando sim a seleção para fazer política!

É a velha história do “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.

Repito aqui o que todos, quando é conveniente, sabem: fazer política é como respirar! Portanto, a fazemos desde o nascimento. Aliás, fazer política se sobrepõe à vida, pois a continuidade de um pensamento é a continuidade da política que o falecido praticava.

Quando o Brasil garantiu o privilégio/encargo de sediar a Copa do Mundo de 2014, o Governo Federal da época, que é também o atual, fez política sim com o acontecimento, e com o Governo Federal vários (creio até que todos) Governos Estaduais também o fizeram, o que me leva a perguntar: só vale fazer festa (política) na alegria? Não vale também na tristeza?

Penso que deve valer o mesmo que para o casamento: tanto na alegria quanto na tristeza se vai e se faz política sim!

E fazer política não é privilegio de partido a, b, c … z, é de todo aquele que puder tirar sua lasquinha em proveito próprio na e da situação.

Oposição e governo ou governo e oposição nivelam-se no assunto.

O Governo Federal, se o Brasil tivesse conquistado a copa, iria fazer uso político disso sim, como, aliás, já vinha fazendo. Ora, por isso ele não tem condições morais para cobrar da oposição comportamento diferente do seu, ou seja, que não o “cole” à derrota.

Alguém colocou os seguintes questionamentos:

"Como é que um governo pode selecionar, ou manter bons times?".

Penso que existem inúmeras formas, pois o governo pode tudo! Não vou me estender nas indicações para não dar ideias a quem não merece! Mas, apenas a título de exemplo, afirmo: o governo e suas estatais podem "adotar" atletas. Os mecanismos para isso são os mais variados.

Lembre-se, ainda, que nem todos os "boleiros" chegam a grandes times, em especial por falta de apoio financeiro inicial que precisam até para participar de uma “peneira” num grande time, que, por sua vez, já tem inúmeros empresários a fazer o seu papel quando alguém que desperta o seu interesse chega por lá.

Também cabe afirmar que o “olheiro” não vê a todos.

"Talvez pudesse deixar comprar times, torná-los multinacionais etc. Mas isso nos livraria da falta de renovação e criatividade?".

Ou eu não entendi a pergunta, ou diria: pelo contrário! A renovação e a criatividade é a marca do futebol brasileiro.

A mistura que forma o nosso sangue deu nos craques que tivemos, temos e teremos!

O rebolado do sambista, do “carimbolista”, do “lambadista” e do futebolista brasileiro não existe em lugar algum! É elegante e encantador, como outros povos são capazes de fazer, mas, aí vem o desconcertante (para o adversário), a ginga, o improviso, a genialidade da dança que dança e faz dançar, e isso apenas os brasileiros são capazes, até agora.

O tango e o balé, por exemplo, não precisam, ou não têm, as molas que os brasileiros têm nos quadris, definitivamente, o que não os deixa sem elegância e encantamento, mas não lhe permite a ginga e o improviso para o drible libertador e desconcertante que livra o brasileiro de qualquer marcação cerrada e o faz atingir o objetivo do futebol: o gol!

Vejam o seguinte: alguém diz que devemos a nossa genialidade no futebol ao negro africano que é parte de nós. Outros dizem que é aos brancos europeus.

Eu acredito que a devemos à mistura dos dois!

As seleções africanas nunca ganharam nada em copas do mundo de futebol! Seus jogadores têm forçar, mas lhes falta algo, que é o quê que temos: rebolado/ginga e a nossa capacidade emocional para concluir as finalizações com gols.

As seleções europeias não têm ginga/rebolado, são de quadris durões, mas têm eficiência e descobriram algo que o Brasil ainda não compreendeu de todo: "futebol é esporte coletivo", e a Alemanha acaba de mostrar isso.

O que seria da Alemanha se jogasse individualmente? Certamente que seria uma espécie de Inglaterra: ou seja, um fracasso.

"Chorar pelo passado e deixar de avançar para algo novo?".

Nem tanto ao mar, nem tanto a terra! Todos sabemos que a única serventia do passado é, justamente, servir de guia para as ações futuras, embora isso não nos dê nenhuma garantia de sucesso. Podemos fazer todos os planejamentos e falhar!

Assim, podemos, de olhos no passado, resgatando o que lá houve de positivo, construir o algo novo. Ou melhor, aperfeiçoar o aprendizado, pois a vida, inclusive a futebolística, é um processo e, nesse processo, passado e presente se unem, se misturam e podem servir de apoio um ao outro nas melhores escolhas para o futuro.

Avancemos, portanto, pois é a única saída que nos resta.

"O que dizer do futebol medíocre de resultados?".

Creio que não se pode chamar de medíocre um futebol de resultados, exceto de você levar o seu raciocínio a todas as consequências que ele implica!

Messi foi só resultado! Não ajudou a equipe em nada, apenas marcou gols. Mesmo assim foi escolhido o melhor jogador da Copa de 2014. De Neymar se pode dizer o mesmo. Não correm, não marcam...

O craque da Copa de 2014, penso eu, foi o carequinha Robben, mas, a despeito de sua criatividade genial, por não ter obtido resultado, ninguém lembrou dele na hora da escolha do melhor da copa!

Maradona concorda comigo, ou eu concordo com ele, apenas o eterno craque tem em James Rodriguez o melhor da copa, do que eu divirjo, subalternamente.

Portanto, pode-se até chamar de medíocre, mas sem esquecer que são campeões! E como contestar isso?

É nesse vácuo que o Brasil poderia navegar: usar sua criatividade inata mas em busca de resultados, e este somente é alcançável com a "mediocridade alemã" que, além das vitórias no futebol, faz Porsche, Audi, Mercedes-Benz, BMW etc.

Que tal se dermos um jeito de unirmos nossa criatividade à organização alemã?

Abraços,

 

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