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Poesia: deleite-se ou delete-me (17.07.15).

 

Maraãvilhosos,

Mulher   pose

 

 

Todos que viajamos de barco pelos rios da Amazônia, especialmente pela manhã, mas, às vezes, à tarde, quando começa a amenizar o calor, costumamos ver uma cena curiosa: os caboclos correrem para a beira do barranco para assistirem o espetáculo que é a passagem do barco (motor, como chamamos), com sua beleza ou fealdade, sua velocidade (pouca ou muita), o banzeiro (poucas ou muitas ondas que produz), os seus ocupantes e tantas outras coisas. Mas o curioso mesmo é vermos os homens, quase sempre de calção com elástico na cintura e sem camisa, com as mãos para dentro dos calções, a segurarem os seus testículos, que os afetados chamam de “ovos, bagos etc.”.

Sempre me perguntei: por que fazemos isso?

Não tinha explicação, mas sabia que tal posição e apalpamento amenizava o “minúsculo” frio do início da manhã ou do cair da noite.

 

Depois, com as leituras, fiquei sabendo que aquele órgão preciosíssimo para alguns e para a sobrevivência da humanidade, é um dos mais irrigados pelo sangue, daí ser quentinho, e, soube também, que as mãos, orelhas e nariz, são os órgãos menos irrigados. A despeito disso, nunca vi um “caboclo” cheirando ou auscultando “seus companheiros” ou os “companheiros” de seus companheiros!

Portanto, quando viajar pelos nossos rios, não se espante com a cena, estamos apenas tentando fugir do micro frio da região.

I

Quarto de tambaqui maraaense assado em São Paulo!

 

Ciclista (definição): “'ser humano'” que pensa que a calçada só existe para ele”.

A definição acima é válida para todo ser rastejante, digo deslizante, inclusive os skatistas de 100 kg, por exemplo.

Na Av. Paulista, por exemplo, skatistas gigantescos deslizam pelas calçadas, sem qualquer preocupação com o “mocotó” dos outros!

Acontecendo uma desgraça serão eles as vítimas, e aí aparecerão as autoridades e as famílias.

II

Cabeça de tambaqui maraaense assado em Manaus e requentada em São Paulo!

Um dos estudos mais interessantes e um verdadeiro beco sem saída que existem envolve linguagem e comunicação.

Que a comunicação ocorre (constatação) “prova” a própria comunicação do dia a dia, dizem alguns, o problema começa quando se tenta explicá-la! Ou mesmo quando se tenta comprovar se o interlocutor entendeu mesmo a mensagem que recebeu!

Mas como estamos no beco sem saída ficamos naquela: eu finjo que disse, você finge que entendeu e a vida vai seguindo.

Tem vários modos de você comprovar a imperfeição da comunicação, sugiro (nome de japonês!) reparar na seguinte: no início do namoro, tudo que um dos namorados diz, o outro compreende, aceita e elogia. Exemplo: se o rapaz diz: “você é feia”, a moça responde: “como você tem senso de humor, é espirituoso”.

Quando o namoro começa a naufragar, se o mesmo namorado, que ainda ama a mesma namorada, mas pela qual já não é mais correspondido diz: “você continua linda”. Ela responderá: “e você o mesmo canalha de sempre”!

 

Uma vez assisti uma pequena peça teatral em que ocorria a seguinte cena:

(A atriz, depois de uma briga com o ator/marido, dirigi-se a uma moça da plateia).

Atriz – Tu tá paquerando meu marido.

Expectadora: Não!

Atriz – Quer dizer então que você o acha uma porcaria!?

(Nisso o ator olha sério para a expectadora).

Expectadora: Não!

Atriz – Tá vendo!

Expectadora: gagueja...

Atriz – Quer dizer que eu tenho mau gosto, então?

Expectadora: Não!

Atriz – Então tu o acha lindo?

Expectadora: Não! Não! Não é nada disso.

 

Rimos bastante e eu fiquei com a lição!

III

William, o atencioso e eficiente garçon, barman e showman que nos atende também.

Abraços,

 

Osório

 

POEMEMOS:

 

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Autoria de todos: Ryane Leitão, nos muros da Av. Paulista.

 

 

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