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In Poesia

Poesia: deleite-se ou delete-me (11.03.16).

 

Maraãvilhosos,

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Fui à Ribeirão Preto ou fui a Ribeirão Preto?

 

Não interessa o título acima, o importante é ir ao Pinguim!

Dizem aqueles que perdem o tempo com besteiras que não cabe crase diante de palavras masculinas, mas minha dúvida é: Ribeirão Preto é masculino ou feminina?

Não interessam as respostas à pergunta acima, o importante é saber que Pinguim é masculino, ou melhor, é epiceno!

Que diabos é esse tal de epiceno?

Não interessa, o importante é saber que: o bar Pinguim fica em Ribeirão Preto!

Localiza-se na praça XV de Novembro, ao lado do Theatro Pedro II.

Está em um prédio de arquitetura antiga, logo, de bom gosto e invejável, rivalizando milímetro a milímetro de beleza com a do teatro ao qual está na ilharga!

O bom gosto está em todos os espaços decoráveis, mas... o chope!

O chopp! O chopp! O que é aquilo!?

Tomei apenas o claro, para ter a sensações de beber ouro líquido!

Não me decepcionei!

A temperatura, a cremosidade... Estou com água na boca!

O gerente, Ivo da Cruz, é de uma presteza exemplar!

Os pés das mesas são patas de pinguins, como podem ser vistas nas fotos (além de outros objetos decorativos), só que, preservando o meio ambiente, são de pinguins de aço!

Por coincidência, quando da minha ida à cidade, estava em plena efervescência a 15ª Feira do Livro de Ribeirão! E eu, que tanto os admiro, mesmo podendo comprá-los em São Paulo, onde moro e não ter trabalho com o transporte, acabei adquirindo vários por lá, tudo pelo prazer que é comprar livros!

O prazer de degustar os chopps do Pinguim admirando a Feira não teve cartão de crédito para me presentear!

Num ribeirão de Ribeirão acabei por ver e fotografar um quelônio tomando sol! Que vontade de comê-lo assado!

Não me condenem por isso, afinal, sou amazonense, índio, e nós nativos temos essa preferência e essa imunidade!

Assisti, ainda, a uma solenidade na qual o Professor Tercio Sampaio Ferraz Jr. recebeu o título de Professor Emérito da USP-Ribeirão Preto.

Quem mesmo que havia dito que em Ribeirão Preto não tem nada de bom?

Tem sim, e muitas, mas, especialmente, o chopp do final da tarde!

 

Abraços,

 

Osório

 

POEMEMOS:

 

Num minuto de calma

 

Stou farto de ideais….

Ó róseas utopias

Que ergui nas névoas frias

Dos ermos areais…

 

Astros que cintilais

Em meio das sombrias

Procelas de agonias –

Eu vos não quero mais…

 

Auroras, ilusões

Ide…. que das paixões

Se rompa o férreo dique…

 

Da dor, trave-se a lide

Na treva – ó astros – ide…

A lágrima que fique!…

 

e,

 

Tristeza

 

Ai! quanta vez – pendida a fronte fria

Coberta cedo do cismar p'los rastros –

Deixo minh'alma, na asa da poesia,

Erguer-se ardente em divinal magia

À luminosa solidão dos astros!...

Infeliz mártir de fatais amores

Se ergue – sublime – em colossal anseio,

Do alto infinito aos siderais fulgores

E vai chorar de terra atroz as dores

Lá das estrelas no rosado seio!

 

É nessa hora, companheiro, bela,

Que ela a tremer – no seio da soedade

Fugindo à noite que a meu seio gela –

Bebe uma estrofe ardente em cada estrela,

Soluça em cada estrela uma saudade...

 

É nessa hora, a deslizar, cansado,

Preso nas sombras de um presente escuro

E sem sequer um riso em lábio amado _

Que eu choro – triste – os risos do passado,

Que eu adivinho os prantos do futuro!...

 

e,

 

Sobre um seio

 

De ti - divino vulcão -

Onde a lava do amor vibra

Me veio o gelo que a fibra

Me gela do coração...

 

Róseo abismo - onde a paixão

Num beijo a alma equilibra...

Céu de amor - onde se libra

A águia da inspiração...

 

Do coração que em ti freme

Ouvindo os frêmitos lestos

A vacilar de ansiedade

 

Que vezes minh'alma treme...

- É que escuta nos seus estos

As horas da eternidade...

 

O autor dos poemas acima é Euclides da Cunha. Eles estão em "Poesia Reunida", da Unesp, que, semana passada estava vendendo (ou seria presenteando?) essa linda obra (conteúdo e material) por apenas 20 (vinte) dinheiros!

 

 

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