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Poesia: deleite-se ou delete-me (25.10.13).

Humulheres,

 

Bar 2

 

Compadre Armando e o exame de próstata!

 

 

Meu compadre Armando mora em Terra Santa, que não é aquela lá do Oriente Médio, mas uma cidadezinha paraense, quase fronteira com o Amazonas, quente que nem o deserto do Saara de dia, mas bem legal para beber cerveja, pois não precisamos ir ao banheiro, já que os preciosos líquidos são expelidos pelo suor!

É Armando padrinho do Osório di Maraã, além de seu tio, vez que é casado com uma irmã do meu bruguelo.

Armando, quando, naqueles acessos que temos de brutalidade com nossos filhos, costuma chamar ou brigar com os deles (tem um casal, Leonardo e Juliana) dizendo: “Filho de um corno...”!

Eu nunca tinha visto essa modalidade de deseducação, pois, nos homens, costumamos chamá-los de “fdp”! Ele inverteu a regra, salvando, assim, a honra de sua esposa, a comadre Rosaléia!

Compadre Armando é um excelente anfitrião naquela cidade que pode ser tida como “Portal do Inferno”, se é que este seja quente mesmo, como dizem.

Certa vez, em Terra Santa, eu que sou interiorano mas não gosto de pescar, fui convidado por um outro primo do Di Maraã para irmos pescar – e eu aceitei! – e a noite, numa moto, fomos por uma estrada de terra, cerca de uns três quilômetros mata a dentro, onde não existe iluminação artificial, apenas o brilho da lua e, ali, encontramos mais uns quatro companheiros que já nos esperavam numa canoa.

Fomos rio abaixo, levados apenas pela correnteza e um piloto que desviada o barco com um remo das árvores. Eu e ele ficávamos olhando o nado bailado daqueles que estavam sob as águas. É que eles portavam lanternas aquáticas potentes e arpões que eram lançados de arcos rudimentares confeccionados com câmera de pneus. Nas flechadas, de vez em quando, vinham à tona para depositarem os peixes dentro da canoa e voltavam para novas arpuadas.

A pescaria foi rendosa!

Paramos a canoa numa pequena praia onde um dos nossos acompanhantes ateou uma fogueira e passou a assar os peixes fresquinhos que ainda se debatiam no porão da canoa.

Acompanhavam o manjar sal, limão e a imprescindível e necessária cachaça, pois os pescadores estavam com frio!

Foi uma noite maravilhosa, e nunca mais esqueci da nossa bela pescaria onde eu, mais uma vez, não fisguei nada, mas terminei a noite de barriga cheia!

Contou-me o compadre Armando que, certo dia, chegou em Terra Santa um barco hospital para proceder consultas em várias modalidades médicas na pessoas necessitadas de tratamento.

Dentre os exames passíveis de serem executados pelos médicos constava o famoso “exame de próstata”.

Como o barco estava atracado nas proximidades de uma frondosa mangueira, uma turma de “canalhas” gozadores, dentre eles, possivelmente meu compadre, formou-se sob a sombra da árvore e de lá passaram a atazanar a vida dos velhinhos da cidade.

Como praticavam essa infâmia?

Ficavam observando se algum senhor na idade indicada para o “toque retal” se aproxima, quando, então, olhavam para o outro lado, mostravam algo no outro lado do lago de Terra Santa ou no céu ou se escondiam e, assim, armavam a arapuca para os infelizes.

Os primeiros pacientes, pesando que não seriam incomodados pelos gozadores, ao se aproximarem do barco, ouviam:

Já vai, né?”.

Era o suficiente para darem meia volta e desaparecem do local.

Outros, eles deixam que entrassem no barco, pois estavam escondidos e, quando o infeliz desembarcava, ouvia:

Foi bom?”. “Gostou, né?”. “Tá sorrindo à toa!”. “Tá todo feliz”. “Vai ficar com saudade do médico?” etc.

Só não havia morte por serem os terrassantenses homens pacíficos, embora alguns impropérios fossem ditos, mas sem nenhum efeito, aliás, o efeito para as reclamações era o contrário, pois aí é que eles mais gozavam da situação do paciente.

Inúmeros deixaram de realizar o exame, pois ao se aproximarem percebiam a presença da corja no local e sabiam que dali não iria sair boa coisa.

Sei bem disso, pois um amigo que passou pelo exame contou-me que a médica, ao fazer o toque e perceber seu desconforto, perguntou-lhe: “Está doendo?”. Ao que ele respondeu:

Doutora, a dor é moral”, e encerrou o assunto com os olhos lacrimejando.

 

e,

 

O homem veio do barro e a arte é mais antiga que o homem!
 

Todos sabemos que a Bíblia é uma obra humana, sendo, como tal, cheia de defeitos, os quais foram sendo consertos ao longo de milhares de anos à medida em que têm conserto. Os que não têm, permanecem no livro tido por alguns como “sagrado”.

Se é a palavra de deus degravada, ou o que a ditou ou os degravadores deixam muito a desejar, pois algumas falhas são gritantes, emboras os doutores da igreja tenham se esmerado em tentar corrigi-las, sem, contudo, chegarem ao seu desiderato.

Mas não prossigamos neste assunto que, além de chatear alguns inimigos da verdade (constatação dos defeitos), não tem fim, pois o que desejo aqui é me valer de um trecho bíblico referente a feitura do primeiro homem. Diz esse livro repleto de contos maravilhosos, mas nascido da pena dos homens, como nasceram tantos outros que lá não constam (ainda!):

 

O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente”. (Gênesis 2,7).

 

Como se lê, o homem foi feito do barro!

Essa alegoria não podia ser outra! Daí o escritor do Gênesis ter se aproveitado da prática bem mais antiga que a escrita, portanto, que a Bíblia, e se valido da imagem do velho oleiro que molda em seu torno as mais diversas figuras, dentre as quais as humanas, como é o caso da “Vênus de Willendorf” (hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm (4 3/8 polegadas) de altura representando estilisticamente uma mulher, descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na Áustria, c. de 2500 a 2000 a.C.)”.

Se essa figura data de “apenas” cerca de 2500 anos antes da era atual, não podemos esquecer das famosas tabuinhas de barro, bem mais antigas, que trazem as leis e outros escritos de Reinos da Mesopotâmia, com cerca de 5000 anos antes da era atual!

Assim, o barro da terra (existe outro?) é, talvez, a matéria-prima mais antiga de que se têm valido os escultures para materializarem suas criações e, assim, deixarem os rastros de suas passagens luminosas pela terra, não tendo sido, portanto, difícil ao artista/escritor do Gênesis fazer tal correlação entre o seu sonho de um “deus” criando um homem a partir do barro e aquela obra que tinha visto um escultor dar vida em seu torno usando, justamente, o barro.

Essas as razões para o título deste escrito.

 

educar

 

Na linha do politicamente correto, coloquei letra nova na "musica do lobo mau", juntamente com o Osório di Maraã, a qual ficou assim:

 

"Eu sou o lobo bom,

lobo bom,

lobo bom,

eu pego as criancinhas

prá fazer bombom"!

 

Abraços,

 

Osório

 

P.S.: Poemas e Cia desacompanhada:

 

É proibido pisar na grama:

O jeito é deitar e rolar…”

 

Autor: Chacal.

 

e,

 

É belo calar-se junto,

Mais belo é rir junto, ...

Se eu fizer bem, calaremos,

Se eu fizer mal, riremos.

 

Autor: Nietzsche, Humano...

 

e,

 

A canção

 

Uma saudade que alegra a gente

Uma tristeza cheia de paz

Provavelmente eu ando amando demais

Acendo o filtro do cigarro e meu carro passa nos sinais

Provavelmente eu ando amando demais

Também você, além de linda, ainda tem aquele algo mais

Mas assim não vale, assim não se faz. Não durmo mais

Que bom que é, suspeito até de quem bem me faz

Sou tão feliz, eu ando amando demais”

 

Autor: Vinícius de Moraes.

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