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Marxzinho para crianças.

 

Marxzinho para crianças.

Uma certa manhã de sol esplendoroso, em um país da Europa, hoje chamado de Alemanha, na cidade de Trier, nasceu um menino que recebeu o nome de Karl Heinrich Marx. Isso ocorreu no dia 05 de maio de 1818.

 

Quando aquela criança nasceu, a Alemanha ainda não era unificada, os alemães não formavam um único país, mas vários reinos que costumam guerrear entre eles para saber quem mandava mais.

Marxzinho, como ele ficará conhecido pelos brasileiros, era filho de Herschel Marx e Henriette Pressburg. Seu pai era um judeu advogado e sua mãe uma judia de origem holandesa, prima dos fundadores da empresa Philips.

Seu pai, obrigado pelo governo, mudou de religião para poder continuar advogando.

Formavam eles uma família do que se chama classe média, aquela que fica entre as famílias ricas e as pobres. Não é rica, nem é pobre, fica na média entre as duas.

Marxzinho teve 9 irmãos, alguns dos quais faleceram ainda crianças. Desde pequeno Marxzinho gostava muito de estudar. Ele era extremamente inteligente. Tirava sempre boas notas na escola, embora sua letra fosse muito complicada para ser compreendida pelos seus professores, ele fazia garranchos, como fazem os médicos atuais. Escrevia numa letra horrorosa que poucos compreendiam. Mesmo ele sendo muito inteligente, não era muito bom aluno nas aulas de gramática.

Marxzinho cresceu brincando com seus irmãos e outras crianças, especialmente com seus vizinhos, mas, certo dia, teve que sair de sua cidade para estudar em outras cidades alemães (Bonn e Berlim).

Um dos vizinhos de Marxzinho se chamava Ludwig von Westphalen, o qual tinha vários filhos, dentre eles tinha uma garotinha um pouco mais velha que o coleguinha e a quem ele achava linda, seu nome era Jenny von Westphalen. A família dela pertencia à nobreza alemã, razão pela qual ela vivia no luxo e no conforto.

Ludwig gostava muito de Marxzinho por ser um menino muito inteligente. Assim é que ele se punha a caminhar pelos bosques da cidade e a ensinar muito do que sabia para aquele garoto de pele morena e cabelos vastos e negros, que nem parecia ser um alemão. Por ter essa cor diferenciada, ele recebeu o apelido de “Mouro” (Mohr, em alemão).

Marxzinho ouvia e aprendia mais com Ludwig que com seu pai. Foi Ludwig quem apresentou o socialismo para o interessado garoto. Nas cidades em que fora morar para estudar, Marxzinho, em plena adolescência e rebeldia, se destacou por gastar todo o dinheiro que seu pai enviava para ele, especialmente com bebidas alcoólicas e charutos.

Mesmo tendo uma vida desregrada Marxzinho lia muito, mas gostava mais de ler outros livros que não aqueles da escola. Também vivia metidos nos bares da cidade, onde se envolveu em brigas e até participou de um duelo, quando foi ferido no rosto sem maiores consequências, já que seus vastos pelos cobriram até a pequena cicatriz.

A despeito de seu pai sempre cobrar mais empenho nos estudos, Marxzinho não levava a vida nada a sério. Isso desgostou sua família.

O menino inteligente abandonou seus estudos de Direito e Filosofia, indo dedicar-se ao jornalismo, com o qual ele achava que poderia mudar o mundo.

Marxzinho ficou noivo e veio a casar-se com a sua vizinha Jenny, isso contra a vontade de um irmão dela que não via as atividades de seu cunhado com bons olhos.

Na viagem de lua de mel do casal Marxzinho e Jenny rumo à Suíça eles levavam consigo um bom dinheiro, que era o dote recebido da família da esposa.

Ainda no meio da viagem o dinheiro acabou, pois além deles gastarem razoavelmente, deixavam, de comum acordo, o pequeno cofre em que levavam o dinheiro sobre as mesas dos locais onde se hospedavam para “quem precisasse pegar de lá o suficiente para resolver seus problemas”!

Em pouco tempo o cofre secou e eles tiveram que voltar sem sequer chegarem ao seu destino.

 

Depois a gente continua...