Obrigado ao Beto pela imagem.
Vocês acreditam em coincidências?
Nos perguntou um desconhecido em um shopping center aqui da cidade de São Paulo.
Não querendo ser indelicado e sem saber o que dizer, balbuciamos alguma coisa no sentido de dizer que sim, pois achávamos que era isso que o interlocutor queria ouvir. Então ele começa:
- Vocês não vão acreditar...
Demos um sorriso amarelo e ele continuou:
- Meu nome é Antonio Angelo!
A coisa começou a mudar de figura, pois o nome da nossa filha é Antonia Angela!
Antonio dirige-se à Cris:
- Quando a senhora estava ditando os dados dela para a atendente, pensei que falasse comigo!
Cris, depois, disse que, realmente, o viu olhar para ela quando ela disse o nome da Antonia, mas pensou que não fosse nada demais.
Antonio prossegue:
- Mas, a minha surpresa definitiva: nasci, também, no dia 31 de agosto, e foi tirando sua identidade para nos mostrar.
Tudo igual, realmente!
Eu, então, disse:
- O nome dela é uma junção dos nomes dos avós dela.
Antonio, espantado, respondeu:
- O meu também! Herdei-os de meus avós!
Tiramos fotos com os mais que xarás juntos!
Antonio, um odontólogo muito educado, nos disse que vinha da cidade de Itapeva. Antonia não estava nos seus dias de maior alegria, relutou até em tirar as fotos, logo ela que adora posar para as máquinas!
Depois de nos dizer qual o seu perfil no Facebook, Antonio, a esposa e a filha se foram!
Então, passamos a pensar em mais algumas coincidências. São elas:
I – estávamos no mesmo horário no shopping e fazendo as fichas para o ingresso das crianças.
II – vieram de cidades diferentes! Antonia de Santos e Antonio de Itapeva.
III – formávamos dois casais com uma única filha.
A grande pergunta que nos restou e resta foi:
“Precisamos acreditar em coincidências?”.
Abraços,
Osório
POEMEMOS
Poema Direto
São as mesmas e similares histórias de sempre
Palavras e frases ditas e cantadas à exaustão
Lamentos em jogos textuais de efeitos estilísticos
Cujos sentidos repetem-se invariavelmente
Em melodias e ritmos e em diferentes arranjos
Servem apenas para multiplicar-lhes a mesmice
E então tomem volta meu amor que ainda estás
Tomem vem que ainda teu cheiro é meu oxigênio
Tomem perdoa que eu errei mas juro nunca mais
Tomem meu amor é infinito no tempo do seu tempo
Tomem teu corpo ainda é sentido na minha pele
Tomem todos os sentidos das mesmíssimas palavras
É preciso pois ousar o novo velho e dizer o que quer dizer
Dizer que errei e posso errar de novo então que bom
Que bom que errei cedo e pudemos evitá-lo já tardio
Quando só então eu saberia que um erro é o bastante
Que não havia sequer um amor posto que nem amor era
Que havia um desejo imenso que desapareceu para o nada
Que o querer que mediava encontros apaixonados sumiu
Que eu tenho que entender porque você é assim mesmo
Que cada um tem um jeito de ser e não há como escapar
Pois então aí está eu disse e disse assim mesmo diretamente
Sem ritmo porque não há ritmo na dor mas apenas monotonia
Sem melodia porque não há sonoridade agradável no adeus
E arranjado na perfeita harmonia do imenso vazio que ficou
Autor: Adriano Barbosa – Verão – 2017.
e,
Hoje fotografei a frase abaixo, a qual estava afixada em uma lixeira!
Minhas dúvidas:
a) existe amor possível entre casais?
b) por que se fixou na lixeira? É o destino do amor?
Quem souber que me responda.