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Poesia: deleite-se ou delete-me (11.09.15).

 

Maraãvilhosos,

 

capafoto

 

Uma confissão

 

Sempre senti dores de amor, mesmo quando não tinha a quem amar, porém não sabia como dizê-las, contentava-me, assim, em ler as dores dos outros.

Eis que, certo dia, já na faculdade, deparei-me com algo que se tem como sendo um “Bilhete de Pitágoras” para uma moça com a qual ele queria namorar:

 

Pitágoras 1

 

Ela, ao ver tal fórmula, ficou espantada e, por não dominar ainda a matemática – ao contrário de mim, que fiz vestibular e cursei por alguns meses engenharia mecânica -, foi procurar ajuda para resolver o problema, justamente, com o bambambã da escola, o próprio Pitágoras! Que aproveitou a oportunidade e passou, à medida em que resolvia o problema, a explicá-lo e a explicar-se para a pretendida.

X, no caso é você! Disse ele.

X, neste caso é você que está me lendo agora, digo eu.

E a resolução fica assim:

 

Pitágoras 2

 

Assim, com esse incentivo pitagórico, libertei-me de duas coisas; do medo de dizer e do medo de não ser compreendido.

Manuel Bandeira diz que “o poema deve causar alumbramento no leitor”. Ferreira Gullar diz “que o poema deve causar deslumbramento”. Eu digo apenas que o poema deve ser útil.

Minha matéria-prima tem sido os desencantos, os choros, as vitórias, as glórias, as alegrias, as decepções, as derrotas, as raivas, as iras, o perdão (pedido e aceito), a esperança, a tentativa de ajudar, guiar-me e guiar. Ou seja, a vida e sua beleza e fealdade!

Mas poema é via de mão dupla: varia para quem o escreve e para quem o lê! Portanto, de pessoa para pessoa, de local para local e de hora para hora!

Não espero que gostem dos meus escritos, apenas que os leiam!

Um beijo para quem é de beijo, um abraço para quem é de abraço, um aperto de mão para quem é de um aperto de mão e meus poemas para todos.

 

Colegas, amigos, companheiros, camaradas, admirados,

Sobre o acima:

A foto é da capa do meu primeiro livro de poesia!

Não está linda? Você precisa agora conhecer o conteúdo!

Como fazer para conhecê-lo?

No dia 22 de setembro, quando faço 53 anos de idade, o livro será lançado! Ele contém 106 poemas, um para cada ano.

Local do lançamento: Rua Augusta, 1343, esquina com a Matias Aires, a partir das 19:00 horas...

Sua ida até lá será o meu presente maior!

 

Abraços,

 

Osório

 

POEMEMOS:

Homem ou balão?

Girando lá vai ele

roda, roda, roda

quanto mais roda, mais sobe

roda, roda, roda

quanto mais sobe, mais perde a cor

roda, roda, roda

quanto mais perde a cor, mais feio fica

roda, roda, roda

quanto mais feio fica, mais perde a harmonia

roda, roda, roda

quanto mais perde a harmonia, menos admirado se torna

roda, roda, roda

quanto menos admirado se torna, mais infeliz se sente

roda, roda, roda

quanto mais infeliz se sente, mais desaparece

roda, roda, roda

quanto mais desaparece, mais se perde

roda, roda, roda

quanto mais se perde, mais frívolo é

roda, roda, roda

quanto mais frívolo é, mais sente-se lúgubre

roda, roda, roda

quanto mais sente-se lúgubre, mais

roda, roda, roda

e estoura

quando estoura!

roda, roda, roda

e cai

quando cai

volta para de onde veio

e com a queda

de nada valeu a subida.

 

Manaus, 08.06.81.

 

 

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