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Poesia: deleite-se ou delete-me (12.02.16).

Maraãvilhosos,

 

 

Tatiana 7   Alice 2

   (https://www.facebook.com/TBBordados/).

A dificuldade em fazer a bondade!

Certo dia eu ia descendo a rua boêmia que fica nas proximidades de onde moro e vi um casal bonito que tinha varado a noite de domingo para segunda, e enquanto uns iam para o trabalho eles ainda exalavam o álcool e aquele fedor horroroso de tabaco. A princípio conversavam – pelo menos para este observador – normalmente, mas quando fui me aproximando percebi que ele queria ir para o norte e ela para o sul.

Embora ela permitisse os beijos que o rapaz lhe dava, resistia em seguir-lhe pelo caminho para o qual ele começou a puxá-la.

Os puxões ficaram meio violentos, embora não demonstrassem maior agressividade.

Continuei a caminhar na esperança de encontrar uma viatura da polícia.

Milagre!

Uma viatura vinha em sentido contrário aquele pelo qual eu caminhava. Fiz um sinal com a mão e o carro ocupado por dois policiais parou.

–  Bom dia.

–  Bom dia.

–  Policiais, por favor, vejam mais adiante um casal, está o rapaz de blusa branca e a moça de vestido vermelho, parece que está ocorrendo algo anormal entre eles.

–  OK.

–  Obrigado, bom trabalho e bom dia.

Partimos em direções opostas.

Logo em seguida meus pensamentos começaram a me perseguir.

–  Fiz a coisa certa? Perguntei-me.

–  E se não houvesse desentendimento algum entre o casal? Questionei-me.

–  E se a moça for masoquista? Indaguei-me.

O pior veio depois!

E se os policiais chegaram na hora de um forte safanão e o rapaz de costas, respondeu bruscamente a uma intervenção da polícia não sabendo de que se tratava da força pública e o policial mal treinado atirou no homem?

Ele cairá ensanguentado? E a moça cairá sobre ele praguejando seu algoz, que queria apenas protegê-la?

Por que me meti nisso?

Em briga de marido e mulher... , já diz o ditado.

Mas como eu saberia que eles eram marido e mulher?

Eu que quis evitar uma tortura, passei a ser torturado pelo meu pensamento.

Após terminar o que tinha ido fazer, voltei de ônibus fazendo o percurso inverso do que fizera caminhando.

Temia com a possibilidade de ver o corpo estendido no chão e o carro do IML no local. E tudo por culpa minha.

Passei no local e não tinha corpo algum e nenhum tumulto! Respirei aliviado.

Mas, quando pensei que o pensamento torturador tinha ido embora, me veio a seguinte questão:

E se o homem que batia na mulher foi levado para uma delegacia e está sendo torturado agora?

Fazer o bem ou aquilo que se acha que é o bem pode ser mais complicado do que imaginamos quando tendemos a praticá-lo.

 

  Porém, não desistamos, pois a desistência pode levar a “lugares” piores ainda.

 

 

Abraços,

 

Osório

POEMEMOS:

Relação etílica

Ali, em plena mesa de bar,

Começaram uma DR

A esguia tulipa, enciumada,

Queria saber porque ela, a

estonteante loira,

Não permanecia mais que

alguns breves minutos

em sua companhia.

Não compreendia por que

sua companheira gostava

tanto de se entregar

freneticamente a lábios

alheios.

Porque não se espelhar nos

amigos vinho e conhaque

Que costumavam se deleitar

em tempo mais longo

Nas taças que os envolviam?

- Questionava a tulipa.

Para evitar escândalos,

A loira se esqueceu por ali

Espumando de raiva,

Enquanto a relação entre as duas se amornava.

 

Autor: Sandro Silva (Fonte: http://praquemgostadebar.blogspot.com.br/2016/01/relacao-etilica.html.).

 

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